Tucano avalia que, na hora H, Cid se torna o candidato a sucessor de RC

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
Experiente no mercado político do Ceará, o ex-deputado estadual e ex-senador Luiz Pontes, que voltou a presidir o PSDB estadual, tem uma leitura ortodoxa a respeito da escolha do nome pedetista para a sucessão de Roberto Cláudio (PDT) na Prefeitura de Fortaleza. Para ele, os bons olheiros não devem descartar o nome de Cid Gomes (PDT). Isso mesmo, o ex-governador que está apenas há seis meses no exercício do mandato de senador. Até o início da campanha, Cid terá mais de um ano e meio de mandato.
Pontes tem um raciocínio lógico: “Alguém me diga por qual motivo os Ferreira Gomes abririam mão de um cargo tão decisivo para a eleição de governador dois anos depois?” Pois é. O tucano avalia que o grupo de Ciro Gomes não pode perder em Fortaleza. Afinal, uma derrota na Capital aumentaria substancialmente os riscos de uma derrota na eleição estadual de 2022.
Para ser candidato em Fortaleza, Cid não precisa deixar de ser senador. Se ganhar, assume a Prefeitura com o segundo maior orçamento do Estado e o seu primeiro suplente assume o mandato no Senado, “o paraíso na terra”, como diria Virgílio Távora. “E quem é o suplente”?, pergunta Pontes. Focus responde: trata-se do empresário Prisco Bezerra, dileto irmão de RC.
Há 32 anos, Luiz Pontes, ainda longe dos cabelos grisalhos, estava ao lado de Tasso Jereissati na solenidade de posse da então grande novidade política do Ceará. Já se vão mais de três décadas nas quais manteve lida politica com os Ferreira Gomes. Estava na Assembleia quando Ciro foi o forte líder de Tasso na Casa. Depois presidiu o Legislativo estadual e foi para o Senado. Mesmo com o rompimento entre Tasso e Ciro, Pontes manteve algum relacionamento com membros da família. Principalmente com Cid.
Sim, o histórico de Luiz Pontes credencia a sua avaliação. No entanto, quem se dedicar a fazer tal indagação a Cid Gomes provavelmente receberá um sonoro “não há a menor possibilidade”. No entanto, em política, é de bom tom tom nunca dizer nunca.
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