Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
Quem perguntar a Roberto Cláudio (PDT) acerca de potenciais nomes de sua preferência para a sucessão de 2020 vai ouvir o seguinte: “Juro que ainda não pensei nisso. Foco na gestão. Portanto, não há nomes”. Quem conhece um pouco de política, sabe que a resposta do prefeito concedida ao editor do Focus é uma saída clássica exatamente para não tirar o “foco na gestão” e não esvaziar a si mesmo. RC certamente tem planos futuros mais altos. 2022 é bem ali. É claro que o prefeito pensa muito na sua sucessão e está mexendo suas peças no xadrez enquanto tira selfies com eleitores (foto) durante os eventos públicos da Prefeitura, que vão se multiplicar daqui pra frente.
É claro também que RC trabalha com pesquisas. Normalmente, o momento é das qualitativas. Os grupos focais: a imagem do prefeito, como a gestão está sendo vista, o que pega na cabeça dos eleitores, seus anseios. O prefeito sabe bem que o momento não é propício para decisões. Como nunca, o cenário é repleto de incertezas e ainda muito movediço. Escolhas precipitadas podem ser atropeladas pelas variáveis políticas que, nos últimos anos, ganharam dinâmica tão avassaladora que costuma desmoralizar avaliações dos analistas de plantão.
Há outras questões: o cenário de hoje é propício para RC apresentar um nome pouco conhecido? Não seria melhor colocar logo um nome debaixo do braço para torná-lo mais íntimo do eleitorado? É melhor para RC um nome de dentro da gestão ou será melhor um de fora? Para nenhuma das questões há respostas óbvias. Provavelmente, nem o próprio prefeito tem certezas definitivas.
A disputa de 2020 é para profissionais e experientes. Há o Capitão Wagner (PROS), que foi ao segundo turno contra RC em 2016. O hoje deputado federal passa por um teste: saiu do cenário cotidiano do Ceará e se meteu em Brasília. Notaram que sua presença no noticiário já caiu muito? É normal que assim seja. Está numa Casa Legislativa com outros 512 componentes. A propósito, alguém se lembra de um deputado federal que conseguiu sucesso na disputa de Fortaleza?
Na mesma Casa, Luizianne Lins (PT) também é outra potencial candidata. A ex-prefeita quer voltar. E aí tem um dado extremamente importante na correlação de forças: se o petismo lançar candidato a prefeito de Fortaleza vai afastar-se mais ainda do PDT, que manda muito no Estado administrado pelo petista Camilo Santana.
Portanto, são muitas variáveis. Há outros nomes, protagonistas e coadjuvantes, se movendo e com projetos em construção.
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