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Entre o camilismo e candidatura própria, MDB quer ressurgir em Fortaleza

Edvaldo Araújo
edvaldo@focus.jor.br
A sede do MDB em Fortaleza já passou por uma reforma, recentemente terminada. Mas, agora, a reforma mais esperada é a que o partido terá que fazer para reaver o protagonismo político que perdeu na capital cearense. E ela deve começar já no final de junho, quando o MDB irá realizar uma grande reunião para definir os rumos nas eleições de 2020 em Fortaleza. Em pauta, qual o caminho deve seguir o partido na sucessão de Roberto Cláudio.
Mas quais as alternativas? Inicialmente, fala-se em duas vias. A primeira, seria uma candidatura própria. Porém, a principal tese, e para a qual os emedebistas mais torcem, é a que aproxima ainda mais o MDB do núcleo camilista do Governo. A tese é que, se o candidato a prefeitura for alguém próximo ao Governador Camilo Santana, os emedebistas não hesitariam em compor. Um dos emedebistas ouvidos pelo Focus garantiu que a relação com Camilo Santana é de “confiança”. “Do Governador sempre tivemos demonstração de confiança. Os compromissos firmados foram cumpridos”, afirma.
Mas o caldo pode engrossar se o candidato for mais próximo ao Palácio do Bispo. As feridas das últimas eleições ainda não cicatrizaram. Neste caso, volta-se a primeira tese e a saída seria procurar um candidato alternativo ou, o mais provável, ter candidato próprio.
A escolha pode ter consequências diretas para os emedebistas, mas também para o governo.
Partido que teve Juraci Magalhães, um dos prefeitos mais populares da capital, o MDB (que na época chamava-se PMDB) chegou a ter quase 2/3 da Câmara Municipal. Após isso, começou a perder número e protagonismo. Hoje, praticamente ausentou-se das disputas municipais. Mas não está morto.
Com o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira que impede diversos partidos de terem acesso ao tempo de TV e ao fundo partidário, o MDB pode ser uma peça-chave para nomes que buscam entrar na Câmara Municipal (afinal, o partido não possui uma chapa proporcional de grande peso) ou para compor coligações majoritárias.
Diante dessas bifurcações de caminhos, o MDB promete ressurgir das cinzas.  A questão agora é saber aonde a via escolhida os levará.
 

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