Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
No dia em que o Ministério da Educação libera os resultados do Enem, Focus com exclusividade divulga novos resultados exclusivos da pesquisa que o instituto RadarNE realizou com estudantes que fizeram a prova do MEC, em dezembro passado. Desta vez, o foco é no grau de otimismo/pessimismo em relação ao Brasil e ao desejo de empreender. Ou melhor, o futuro.
A perspectiva de futuro dos jovens (a maioria entre 17 e 19 anos) que fizeram o último Enem (em dezembro passado) não é alvissareira. 48% se declaram “pessimistas ” em relação ao País. Outros que afirmam ter uma perspectiva “muito pessimista” acerca do Brasil. Ou seja, nada mais, nada menos do que 64% dos inscritos no Enem estão na expectativa de dias duros e difíceis pela frente.
Somente 2% dos entrevistados se declararam “muito otimistas” com o futuro do País. Some-se a esse percentual os 32% que vêem o futuro com “otimismo” e teremos um grupo de 34% de jovens pré-universitários com uma disposição confiante em relação ao futuro do Brasil. 3% dos pesquisados não sabem ou não quiseram responder.
EMPREENDEDORISMO
O RadarNE perguntou as inscritos no Enem 2019 (em Fortaleza) acerca do desejo empreendedor dos estudantes. 39% afirmaram “se considerar um empreendedor”. É um percentual muito alto se considerarmos que 53% deles querem trabalhar no setor público, como já divulgado em reportagem anterior pelo Focus.
Na outra ponta, 59% afirmam aos pesquisadores que “não se consideram um empreendedor”. Um resultado que também é coerente com os percentuais relacionados ao futuro profissional na iniciativa privada ou no setor público. 2% dos pesquisados não sabem ou não quiseram responder à questão.
O RadarNE acaba de entrar no mercado de estudos de levantamentos de dados sobre opinião pública, política, mercado privado, comunicação e mídia. A empresa foi criada em 2019 por Maurício Garcia, sociólogo formado pela FFLCH USP e pós graduado pela ECA USP. “O objetivo do instituto RadarNE é atuar, prioritariamente, na região Nordeste, conhecendo profundamente seu povo, suas opiniões e suas preferências”, explica Maurício, que também é articulista do Focus.
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