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Arialdo diz que ZEEC é "cilada" que vai "enterrar" economia do turismo do Ceará

 

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
Conforme antecipado pelo Focus (veja aqui), com o formato que tem hoje, o projeto de Zoneamento Ecológico Econômico da Zona Costeira do Ceará, a ZEEC, encomendado pelo Governo do Estado, vai gerar imensos conflitos de interesses entre o ecologismo radical e os investidores da área de hotelaria, resorts e outros equipamentos voltados para o turismo.
Em fase final de elaboração (o momento é das audiências públicas), a ZEEC ganhou agora um forte inimigo dentro do próprio Governo. No caso, o secretário do Turismo, Arialdo Pinho, que considera o formato do projeto uma “cilada” contra os interesses do Ceará, tanto que passou a mobilizar a iniciativa privada para se contrapor a alguns pontos do ZEEC.
Arialdo usou um grupo de WhatsApp para expor suas preocupações: “Pela última reunião que participei saí impressionado com a visão radical do ecológico… um técnico responsável do ZEEC afirmar que hotéis devem ser construídos após as dunas, e não de frente ao mar, e de que não poderemos construir marinas, é enterrar o futuro do setor turístico imobiliário econômico do Ceará por conta de radicalidade irracional do ecológico”.
O secretário de turismo afirma no texto que a “visão radical ecológica” dos estudos fez com que, “preocupado com o futuro do setor”, tenha solicitado “o auxílio dos líderes empresariais Beto Studart e Luciano Cavalcante, que de pronto entenderam a dificuldade e iniciamos os trabalhos”.
“Com a nossa união espero iniciarmos uma nova fase para economia do Ceará, com compreensão e apoio do Governador Camilo Santana, e deixando claro para a população cearense a cilada que estão montando para economia do Ceará”, disse.
Mais da manifestação de Arialdo Pinho: “Na minha visão o setor do turismo e o imobiliário deveriam ter maior representatividade econômica no Ceará. O setor imobiliário e econômico são irmãos e ligados diretamente ao desenvolvimento do turismo… A equipe que está constituída pela licitação da SEMA [Secretaria do Meio Ambiente] deve ter 90% dos participantes de ambientalistas e biólogos… o setor econômico não se faz representar.”
Em outro ponto do texto, o secretário reclama da pouca capacidade de influência e organização da iniciativa privada que atua no setor. “Quando menciono falta de força política econômica do setor, é só fazer uma análise dos casos das fábricas e eólicas que são realizadas junto ao mar”, aponta.  Para ele, o setor turístico é de baixo impacto ambiental desde que sejam estabelecidas regras, como a do correto tratamento dos resíduos sólidos, água, saneamento e seus usos.
 
 
 

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