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White Martins enviará oxigênio produzido na ZPE Ceará para Manaus

Vivendo grave crise de saúde, Manaus receberá oxigênio da White Martins. Foto: divulgação.

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Vivendo uma grave crise na saúde por conta da pandemia do novo coronavírus, Manaus vê crescer em torno de si uma corrente de apoio para atravessar esse momento difícil. Quem também está mobilizando esforços para ajudar a capital do Amazonas é a empresa White Martins, que passou a enviar, semanalmente, 70 mil metros cúbicos (m³) de oxigênio produzido na ZPE Ceará (Zona de Processamento de Exportação).

De acordo com a empresa, a primeira remessa de carretas de oxigênio já foi enviada, na última terça-feira, 12, para Belém, no Pará, de onde seguirá com destino à capital manauara. Uma segunda remessa foi enviada nesta quinta-feira, 14, seguindo a mesma logística. A White Martins, que é uma das maiores fornecedoras de oxigênio hospitalar do Brasil, possui uma unidade em Manaus, mas devido à alta demanda gerada pelos crescentes casos da Covid-19 na cidade, a empresa decidiu reforçar o fornecimento local com gases produzidos em outros estados, como é o caso da unidade da ZPE Ceará.

“A White Martins é uma das empresas instaladas na nossa ZPE Ceará, a única zona de processamento de exportação em atividade hoje no Brasil. Em dias normais, esse oxigênio é produzido para atender a demanda de outra empresa instalada na região: a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Mas diante dos desafios impostos pela pandemia, a White Martins acaba assumindo um importantíssimo papel na missão de salvar vidas. Vivemos uma realidade em que a solidariedade e o olhar para o outro é o que realmente importa. Assim, é um orgulho saber que uma de nossas empresas instaladas está contribuindo diretamente para salvar vidas e auxiliando a população de Manaus nesse cenário tão difícil”, pontua Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém (CIPP S/A).

Maior unidade do Brasil e uma das maiores da América Latina, a planta da White Martins localizada na ZPE Ceará — empresa subsidiária do Complexo do Pecém (CIPP S/A), joint venture formada pelo Governo do Ceará e pelo Porto de Roterdã — tem capacidade total de produzir mais de duas mil toneladas de gases por dia. Além do oxigênio, o nitrogênio, dedicado à preservação do sangue e tecidos vitais.

Manaus voltou a viver situação delicada nos últimos dias e relatos, como o de Jesem Orellana, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram o quão graves estão as condições na capital do Amazonas. “Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia”, diz Orellana, que afirma que “os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais”.

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