Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.

White Martins: Ceará não corre risco de desabastecimento de oxigênio

Planta da White Martins na ZPE do Pecém: produção de oxigênio hospitalar.

Átila Varela
atila@focus.jor.br

A procura por leitos de UTI no Ceará em hospitais da rede privada ou pública tem preocupado as autoridades de Saúde do Estado. Por outro lado, um possível desabastecimento de oxigênio, como o ocorrido em Manaus, está descartado.

É o que afirma a maior produtora do insumo para as unidades de saúde do Estado, a White Martins. “Até o momento, a White Martins mantém o fornecimento de oxigênio às unidades de saúde do Ceará, seguindo o previsto em contrato sem risco de desabastecimento”, disse a empresa ao Focus.

Mas pediu para que os setores público e privado, para evitar transtornos ocasionados por atraso de pedidos, sinalizem de “maneira prévia” o acréscimo no fornecimento do produto.

“Compete às instituições de saúde, públicas e privadas, informar, formalmente e em tempo hábil, qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras”, destaca a companhia.

Demanda
Sobre o cálculo da demanda de oxigênio, a White Martins deixa claro ser impossível fazer qualquer tipo de projeção, seja ela abrupta ou exponencial do insumo.

“Os estabelecimentos são responsáveis pela gestão da saúde e têm acesso a dados que compõem o panorama epidemiológico da COVID-19, como o índice e a velocidade de contágio da doença, o crescimento da taxa de ocupação de leitos, a abertura de novos leitos, a implantação de hospitais de campanha, a quantidade de pacientes atendidos, bem como a classificação dos casos”, complementa a empresa.

Depoimento ao MPF
O desabastecimento de oxigênio em Manaus, que levou a rede de saúde manauara ao colapso, foi comunicada com antecedência ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela White Martins no dia 8 de janeiro. A informação foi confirmada em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) pelo gerente da White para o Governo do Amazonas, Christiano Cruz.

De acordo com reportagem do O Globo, Pazuello e equipe foram alertados sobre a insuficiência dos estoques do insumo. No entanto, se reuniu apenas no dia 11 de janeiro com a empresa. Três dias depois, a rede entrou em colapso, onde pacientes morreram pela falta de oxigênio nos hospitais.

Mais notícias