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Trump critica bitcoins e outras criptomoedas: "não é dinheiro e é baseado no ar"

Donald Trump, presidente dos EUA critica bitcoins e criptomoedas

Equipe Focus
focus@focus.jor.br
O presidente dos EUA, Donald Trump, usou seu twitter nessa quinta-feira, 11, para criticar criptomoedas, afirmando que, por não serem regulamentadas, podem facilitar atividades ilícitas. “Eu não sou fã de Bitcoins e outras Criptomoedas, que não são dinheiro, e cujo valor é altamente volátil e baseado no ar. Os ativos criptografados não regulamentados podem facilitar o comportamento ilegal, incluindo tráfico de drogas e outras atividades ilegais”, publicou.
O líder americano ainda fez críticas à Libra. “Da mesma forma, a ‘moeda virtual’ do Facebook Libra terá pouca importância ou confiabilidade. Se o Facebook e outras empresas querem se tornar um banco, eles devem buscar uma nova carta bancária e ficar sujeitos a todos os regulamentos bancários, assim como outros”, completou.
Para Thomaz Bianchi, sócio da Conceito Investimentos, as criptomoedas apresentam fragilidades, principalmente quanto à segurança financeira. “Hoje você não tem um meio que regule o sistema de criptomoedas. Você pode ter furtos de dados; pode perder quantidades significativas de recursos, pra quem faz reservas. Tiveram fraudes em algumas exchanges (corretoras) e algumas quebraram. Precisamos ter um ambiente mais maduro. O mundo inteiro ainda está se adaptando a esta nova tecnologia”, afirma.
Bianchi também confirma outro ponto negativo apontado por Trump. “Por não ser regularizado, ainda é um meio muito usado para sonegações, para passar dinheiro de crime, de terrorismo, é possível transitar recursos ilícitos mais fácil do que nos sistemas financeiros mundiais”. E levanta o questionamento: “Até que ponto a regulamentação vai trazer consistência para o sistema ou vai afetá-lo, uma vez que ele não é regulamentado e sua proposta é esta”.
Segundo Courtney Guimarães, diretor-técnico da Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain “ainda há muito barulho em torno do projeto e muitos desdobramentos ainda por vir. Mas talvez estejamos vivenciando os primeiros impactos de uma ideia disruptiva, a maior ideia desde o surgimento dos bancos centrais”. Sobre a Libra, Guimarães afirma que a criptomoeda “foi subestimada inicialmente, confundida com uma moeda do Facebook. Agora, o mercado, os governos, sobretudo as duas grandes potências (China e Estados Unidos) se deram conta de que esse projeto pode ser uma ameaça ao modelo das moedas soberanas nacionais. Não só pelo volume de possíveis clientes envolvidos (juntando todos os participantes do consórcio), mas também por você ter um meio de reserva de valor de pagamentos que não seja controlado por nenhum banco central – ainda que, num primeiro momento, ele seja baseado em moedas soberanas, como é o plano inicial da Libra”.

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