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Tasso e o PSDB bem mais perto de RC que de Elmano

A partir de 1987, o Governo Tasso iniciou um enorme esforço de combate à mortalidade infantil. O Programa Agentes Comunitários de Saúde foi exemplar na política de saúde preventiva, premiado, inclusive pela ONU em 1991. Políticas públicas como essa são marcas da trajetória do hoje senador.

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

A candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Ceará está próxima de conquistar um apoio de grande relevância e qualidade política. Há indicativos de que o PSDB, o senador e o Cidadania, que forma a confederação com os tucanos, caminham para compor o palanque com o PDT no Ceará.

Mais importante que o tempo no horário gratuito, o peso do apoio está na trajetória de Tasso Jereissati, o político que fundou as bases do Ceará moderno. Praticamente todas as políticas públicas que hoje vigoram no Ceará e que são de referência têm o DNA do senador em sua composição.

Nessas horas, é sempre lembrada a rasteira que Tasso levou em 2010, quando sua tentativa de reeleição para o Senado não foi apoiada por Ciro e Cid Gomes, o então governador. Tasso perdeu pela força de Lula, de Cid e da então prefeita Luizianne Lins, que apoiaram as candidaturas de Eunício Oliveira e José Pimentel. Sim, sobraram mágoas em relação aos Ferreira Gomes.

12 anos depois, a possibilidade do apoio de Tasso a Elmano passou a ser visto por muitos como a chance de uma doce vingança. Porém, o tucano, já com 36 anos de carreira política e com apoentadoria anunciada, não é dado a esse tipo de desforra. A maturidade é a conselheira.

Importante lembrar que as coisas no PSDB e na cabeça de Tasso não estão resolvidas. As águas ainda estão rolando e há divisão no partido. O pesidente estadual Chiquinho Feitosa sonha em ser o suplente de Camilo Santana no Senado. Luís Pontes, com longa trajetória de fidelidade a Tasso, defende a aliança com o PDT.

Quem conhece o senador sabe de sua dificuldade de se aliar ao PT. Não faltam motivos para tal. Não há dúvidas que o senador votará em Lula em um potencial segundo turno contra Jair Bolsonaro, mas isso é coisa para mais adiante. Aqui, no Ceará, Tasso tende a apostar em quem defende um projeto de Estado que contemple a natureza das políticas públicas das últimas quatro décadas.

Nesse ponto, Roberto Cláudio tem dado um banho em Elmano de Freitas. Até aqui, aparenta que o projeto do petista só tem uma bandeira: Lula-lá e cá. RC tem tido cuidado de se abraçar ao campo das ideias sem largar mão do embate político, que é próprio do jogo. Um passeio pelo noticiário desvenda esse fato.

O PDT gostaria de ter um vice apontado pelo PSDB. Sim, o nome do doutor Cabeto, o secretário da Saúde de Camilo durante a pandemia, tem sido abordado. Cabeto deixou o Governo Camilo com mágoas de lado a lado e tem gosto pela possibilidade, mas há um problema: era preciso ter se desincompatilizado de suas funções acadêmicas na Universidade Federal do Ceará.

Sim, há muitas conversas nos bastidores. Tasso se dá bem com Camilo Santana e vê muitas qualidades em Elmano, que, até aqui não lhe fez nenhuma sinalização pública. Já o PDT, através de Roberto Cláudio, tem buscado interolocução mais frequente com o tucano.

Para o PSDB, não há pressa. O partido fica com o calendário eleitoral nas mãos e vai jogar até o fim do tempo.

 

 

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