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Tasso: Bolsonaro vai na contramão das autoridades sanitárias e insiste em “política insensata”

Tasso Jereissati
Tasso Jereissati foi relator no Senado da reforma da Previdência. Foto: Agência Senado

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

O senador Tasso Jereissati criticou as ações encabeçadas pelo presidente Jair Bolsonaro no que diz respeito ao isolamento social. O parlamentar vê com preocupação de Bolsonaro com relação ao COVID-19.

“Constato com preocupação a postura do Presidente Jair Bolsonaro, que vai na contra-mão do que pregam todas as autoridades sanitárias do mundo e insistindo numa insensata política de confronto com governadores e a imprensa”, declarou o tucano.

O parlamentar também disparou contra o isolamento vertical proposto para o grupo de risco (idosos e doentes crônicos). Ao liberar os familiares dessas pessoas ao convívio social normal, estaríamos condenando irremediavelmente à morte toda essa parcela da população”, ressaltou.

Abaixo, a nota do senador Tasso Jereissati

“Gostaria, primeiramente, de expressar todo meu apoio à manifestação do Presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre, exortando os demais poderes a se unirem, envidando todos os esforços e recursos disponíveis para o enfrentamento desta gravíssima crise, que põe em risco a vida de milhares de brasileiros.

Por outro lado, constato com preocupação a postura do Presidente Jair Bolsonaro, que vai na contra-mão do que pregam todas as autoridades sanitárias do mundo e insistindo numa insensata política de confronto com governadores e a imprensa. Mais absurda ainda, é a ideia que começa a se disseminar a partir do discurso do Presidente, de que a morte de alguns seria o preço a se pagar pela manutenção de empregos e da atividade econômica, este sim o “mal maior” a ser combatido.

O Brasil vem adotando ações alinhadas com o conhecimento científico disponível, com o aprendizado que a cada dia se produz globalmente sobre a doença e com a experiência de outros países, sob a orientação das maiores autoridades sanitárias mundiais, nacionais e locais.

O Presidente propõe o isolamento vertical dos grupos de maior risco (idosos e doentes crônicos) liberando crianças para volta às escolas, a reabertura do comércio e serviços.

Sequer indica de que forma tal “isolamento seletivo” se daria, ignorando (ou fingindo ignorar) que os idosos acima de 65 anos no Brasil representam cerca de 10,5% da população brasileira, que vivem em sua enorme maioria em condições insalubres e com alta concentração populacional. Ao liberar os familiares dessas pessoas ao convívio social normal, estaríamos condenando irremediavelmente à morte toda essa parcela da população.

Essa cruel contabilidade contém uma equação cujo resultado é medido em vidas humanas.

Tasso Jereissati”

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