Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.

Setor imobiliário no Ceará apresenta reação e fechará ano com R$ 1,1 bilhão em produtos

Construção civil. Foto: Freepik

Átila Varela
atila@focus.jor.br

O mercado imobiliário cearense, assim como o nacional, recebeu o duro golpe da pandemia: lançamentos represados, consumidores temerosos e dinheiro escasso. Mas a situação começa a mudar. É o que afirma o presidente do Sinduscon Ceará, Patriolino Dias.

“No fim do ano passado tínhamos uma Selic em 4%. Muitas empresas lançaram empreendimentos de alto padrão e apartamentos compactos. Com a pandemia, tiveram de rever as estratégias e reconsiderar os números”, explica o empresário.

Após o lockdown em Fortaleza, a virada de mesa. Compradores iniciaram um período de procura por imóveis. “Os estoques de segunda moradia começaram a zerar. Por incrível que pareça, até no Minha Casa Minha Vida, houve uma redução de 50%. Mesmo caindo, o resultado ainda é bastante significativo”, complementa.

Os lançamentos previstos para o primeiro semestre ficaram para o segundo. A confiança do empresário e o dinheiro circulando instigam o segmento no Estado. “Vários construtores estão zerando os estoques. A tipologia de empreendimentos de médio e alto padrão, entre 65 m² e 150 m², que inundava o mercado, começa a rarear. A Aldeota, uma região extremamente valorizada, já experimenta isso”, pontua. A tendência também é apontada no Guararapes.

O ano de 2020, ao que parece, não está perdido: é o recomeço da indústria da construção civil cearense. “Teremos aproximadamente R$ 1,1 bilhão em produtos no Ceará. No começo do ano, em fevereiro, era R$ 2 bilhões. Reduzimos para R$ 700 milhões por conta de o empresário estar com medo. Mas agora o apetite para compra começa a crescer. A gente também precisa da estabilidade econômica para garantir os empregos e seguir com bons números”, adianta.

Reunião com ministros de Bolsonaro
O sentimento após a reunião ocorrida ontem, 12, com ministros do presidente Jair Bolsonaro é de otimismo. Patriolino participou junto com uma comitiva formada por nomes de diversos setores do encontro com Paulo Guedes e Tarcísio Gomes de Freitas, da Economia e Infraestrutura respectivamente.

“O Governo prometeu atenção ao Anel Viário e o Eixão das Águas, entregando as obras no primeiro trimestre de 2020, assim como viaduto de Tianguá”, declarou.

Na lista de perguntas, o aumento do preço do aço. “Os preços estão exacerbados, mas nos informaram que era algo momentâneo. Também tratamos do FGTS para fomentar o sistema financeiro da habitação”, disse.

Mais notícias