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Servidores públicos executivos. Por Luis Eduardo de Menezes

Luis Eduardo de Menezes Lima, graduado em Processamento de Dados pela UFC e mestre em Administração pela UECE. Empregado público da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado – ETICE. Assumiu cargos estratégicos no poder executivo e no poder judiciário. Mentor Profissional com certificação pela Creative Institute em São Paulo. Publicou o livro: Desafios Gestão e Conquistas. Foto: Divulgação

A profissionalização da gestão pública é um dos fatores essenciais para o equilíbrio das contas públicas no Estado. No Ceará, esse processo iniciou no primeiro governo Tasso com a inserção de gestores do então BNB no executivo estadual. Isso foi a semente de um processo fértil de qualificação de servidores públicos tanto pela convivência com práticas profissionais vindas daqueles executivos, como no forte trabalho de capacitação gerencial que passou a fazer parte da estratégia daquela gestão e das vindouras.

Nas gestões seguintes, os governadores Ciro Gomes, Tasso Jereissati, Lucio Alcântara, Cid Gomes e Camilo Santana continuaram a incentivar esse movimento dando espaço para que funcionários de carreira de órgãos públicos, ocupassem cargos estratégicos na gestão. Uma segunda onda de profissionalização passou a ocorrer, mas desta feita, não mais exclusivamente com executivos de fora do governo.

Servidores públicos da SEFAZ, ETICE e de outros órgãos da administração pública estadual, passaram a ser nomeados para cargos executivos na gestão de secretarias das mais diversas áreas como saúde, educação, planejamento, administração, segurança pública, ação social, ciência e tecnologia, entre outras.

Essas ações, raramente ressaltadas como determinantes no sucesso da atual administração pública estadual, foram se disseminando e atingiram a esfera municipal bem como os poderes legislativo e judiciário. Trata-se de um movimento silencioso que foi transformando positivamente a gestão pública como um todo. Esse processo de oxigenação das instituições públicas alimenta um ciclo virtuoso de desenvolvimento contínuo de servidores públicos em direção aos cargos de liderança.

Esse movimento hoje continua, mas merece mais reconhecimento e pode ter ações mais agressivas e estruturadas. A institucionalização de um “banco” de servidores públicos preparados para assumir cargos estratégicos gerenciais poderia ser uma dessas ações. Leis que de forma equilibrada privilegiem a adoção de executivos públicos de carreira pode ser uma outra ação. Isso é essencial para a manutenção de políticas de longo prazo e que perpassem diferentes governos com diferentes ideologias. Já estamos mostrando os efeitos positivos que uma gestão profissional, equilibrada e continuada traz ao setor público.

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