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São Paulo vai instituir projeto tarifa zero de ônibus similar ao de Caucaia

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br 

Com Caucaia como referência de maior cidade do Brasil a instituir o transporte urbano com tarifa zero (veja aqui), projetos similiares começam a se multiplicar no Brasil e está chegando em São Paulo, a grande metrópele nacional.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) está trabalhando para que o projeto saia do papel em 2023, fato que já está sendo apontado como âncora para garantir a sua reeleição em 2024.

Nunes escreveu nas redes sociais que solicitou à SPTrans “um estudo jurídico e financeiro para analisar a viabilidade” da ideia. Na ponta do lápis, afirmam os interlocutores da Nunes, a conta já fecha, diz a reportagem.

Durante a última campanha eleitoral, o então candidato a governador, Elmano de Freitas, aproveitou ato de campanha em Caucaia, cujo prefeito Victo Valim o apoiou, para lançar a proposta de viabilizar a tarifa zero entre as cidades metropolitanas de Fortaleza.

A grande questão é a fonte de recursos para bancar o projeto que tem grande envergadura popular e econômica. No caso de Caucaia, o ônibus grátis é custeado pelo tesouro municipal e gerou intensa dinâmica na mobilidade dos moradores da cidade, com forte repercussão no comércio e, portanto, maior geração de impostos.

Caso a tarifa zero seja posta em prática na RMF, haverá forte pressão para que a Prefeitura de Fortaleza institua política pública semelhante. Assim como São Paulo, o caso da Capital cearense é mais complexo. São cerca de 600 mil passageiros por dia e a Prefeitura terá que buscar fontes extras de recursos para viabilizar.

Em Caucaia, até agosto de 2022, a Prefeitura contabilizava uma média de quase 88 mil “passagens” por dia. Isso significa cerca de 44 mil usuários, considerando que um passageiro usa pelo menos dois transportes por dia (ida e volta).

O impacto é tão significativo que, quando o transporte era pago, a quantidade de passageiros transportados por dia era de 18.512 (ou a metade considerando ida e volta) nos 70 ônibus rodando em 21 linhas.

O Bora de Graça pode ser considerado uma eficiente política de inclusão e de estímulo à economia. Afinal, milhares de trabalhadores formais passam a usar seus vales transportes em compras e outros milhares de informais passam a usar o sistema.

 

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