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Reportagem da alemã Der Sipegel trata Bolsonaro como sabotador das vacinas anti-Covid

A abertura da reportagem da Der Spiegel: imagem de Bolsonaro não poderia ser pior.

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

A edição do prestigiado semanário alemão Der Spiegel faz uma dura análise, em três páginas, do desempenho de Jair Bolsonaro em relação à pandemia. O texto assinado pela jornalista Marian Blasberg trata o presidente do Brasil como “sabotador” das campanhas de imunização. “Com a segunda onda da pandemia COVID atingindo seu país, Jair Bolsonaro deixou seu povo em apuros. Em vez de lutar contra a doença, o presidente do Brasil prefere vender teorias da conspiração”.

A reportagem da Der Spiegel afirma que, “durante meses, Bolsonaro fez tudo o que pôde para minar a confiança no que ele havia desacreditado como ‘a vacinação de Doria na China’. Ainda em dezembro, Bolsonaro disse que a melhor proteção contra COVID-19 é evitar a doença. Mais recentemente, depois que a pressão pública se tornou muito grande e os apelos por seu impeachment ficaram mais altos, o presidente mudou de curso.”

O texto da Der Spiegel não se esquiva de classificar Bolsonaro como uma espécie de demente que comanda um imenso País. Veja trechos a seguir.

  • Não é fácil entender esse homem que finge há meses que não tem nada a ver com isso. Na primavera passada, quando governadores como Doria reduziram as liberdades para impedir o colapso de seus hospitais precários, Bolsonaro declarou que os políticos eram criminosos.
  • Enquanto outros líderes brasileiros buscavam expressar confiança nas vacinas, Bolsonaro semeou dúvidas.
  • E como você luta contra uma pandemia quando o homem que deveria estar liderando o ataque é um teórico da conspiração que não quer lutar de jeito nenhum? O governador de São Paulo, João Doria, não tem resposta para essa pergunta. “Ele não tem compaixão”, diz Doria ao telefone, referindo-se a Bolsonaro. “Acho que ele não entende o que essa pandemia realmente significa.”
  • Muito parecido com um vírus, o Bolsonaro se alimenta das crises que cria. O caos, o ódio e a oposição fazem parte de sua identidade tanto que muitos brasileiros interpretaram as imagens da tomada do Capitólio em Washington como uma visão sombria de seu próprio futuro. Bolsonaro inicialmente ficou em silêncio. Em seguida, destacou que as coisas podem piorar no Brasil se houver dúvidas sobre o resultado das próximas eleições.

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