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Pessoas vacinadas e infectadas por COVID ganham “superimunidade”, revela estudo

Foto: Scaliger/istock

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Pessoas com infecção pelo novo coronavírus e que estão vacinadas adquirem “superimunidade” muito superior à proteção imunológica de quem apenas recebeu o imunizante. É o que revela o estudo que tem como coautor Fikadu Tafesse, professor de microbiologia e imunologia da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.

“Resposta imunológica medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e eficazes do que imunidade gerada apenas pela vacinação”, indicam conclusões publicadas na revista Science Immunology.

A pesquisa foi feita antes do surgimento da variante Ômicron do SARS-CoV-2, mas os cientistas esperam que respostas imunes híbridas sejam semelhantes à nova variante considerada altamente transmissível.

“Não faz diferença se uma pessoa é infectada e depois vacinada ou se é vacinada e depois infectada. Nos dois casos, obterá resposta imunológica muito robusta, incrivelmente alta”, assegurou Fikadu Tafesse.

A pesquisa envolveu 104 pessoas vacinadas contra a COVID-19 e divididas em três grupos: 42 vacinados sem infecção, 31 vacinados após infecção e 31 infectados depois da vacinação.

Com os participantes do estudo controlados por idade, sexo e tempo de vacinação e infecção, os pesquisadores recolheram amostras de sangue de cada um, que foram expostas a três variantes do vírus SARS-CoV-2 vivo em ambiente de laboratório.

Os especialistas da OHSU concluíram que os dois grupos com “imunidade híbrida” – infectados e vacinados – geraram maiores níveis de imunidade em comparação com o grupo vacinado sem infecção.

“A expectativa, neste momento, é que muitas pessoas vacinadas acabem infectadas e, portanto, com uma forma de imunidade híbrida”, afirmou Bill Messer professor de imunologia e doenças infecciosas da OHSU, também citado no comunicado.

“Os resultados indicam o momento em que o SARS-CoV-2 poderá se tornar infecção endêmica leve, como doença sazonal do trato respiratório, em vez de pandemia”, disse Curlin.

 

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