Por Fábio Campos
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Até o momento, o PDT do Ceará se encontra próximo da posição na qual os eleitores o colocaram nas eleições de outubro. Ou seja, fora da base do futuro governador que será empossado em 1º de janeiro. Fora da base sim, por enquanto, mas bem distante do papel de oposição.
Há expecativas de conversas para breve. Por telefone, na semana passada, Elmano de Freitas (PT) sugeriu ao presidente estadual do PDT, André Figueiredo, uma reunião, que ainda não aconteceu. O convite para compor a base será feito formalmente.
Focus apurou que o PDT se mantém dividido. Não poderia ser diferente diante dos duros embates da recente campanha eleitoral. O candidato do partido, Roberto Cláudio, foi mais radical nas criticas ao trio Elmano-Camilo-Izolda do que Capitão Wagner, o candidato da oposição, digamos, real.
Mas, não duvidemos. O PDT, com sua bancada pragmática, não tem vocação para fazer oposição. Aos poucos, tende a se derreter para o governismo.
O presidente do partido no Ceará, André Figueiredo, mantém a linha. “Ainda não ocorreram conversas formais. Só reunirei as bancadas após e se conversar com o governador eleito”.
“Não vejo necessidade de estar completamente abraçado. Pelo menos no momento”, disse o pedetista que estabelece um raciocínio divisor de águas. “Acerca da ideia de compor a base do Governo Elmano, eu pergunto: o PDT será base do PT na Assembleia e o PT fará oposição a Sarto na Câmara de Fortaleza? Isso precisa ser visto”.
Leitura livre: o PDT compõe a base de Elmano desde que o PT não se jogue na oposição ao prefeito de Fortaleza. Politicamente, parece justo e um ponto importante para negociar. Já para o PT, ou parte importante dele, Fortaleza é uma meta a ser alcançada.
Fato: o senador Cid Gomes lidera a posição (nada desprezível) no partido para que o PDT forme a base de Elmano e ocupe cargos no Governo.
