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Pazuello diz que Doria faz marketing com vacina e o acusa de deslealdade

Eduardo Pazuello. Foto: Carolina Antunes.

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Logo após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar, neste domingo, 17, o uso emergencial das vacinas Coronavac e Covishield, o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o ministro da Saúde Eduardo Pazuello convocaram a imprensa e, quase simultaneamente, falaram sobre a decisão da agência. Pazuello afirmou que Doria “despreza a lealdade federativa” e promove uma “jogada de marketing”.

Visivelmente irritado com o ato simbólico promovido por Doria, que tratou de já autorizar a aplicação da primeira vacina em território nacional, o ministro afirmou que o gesto do governador paulista é uma “quebra de pactuação” em relação ao Plano Nacional de Imunização, que, segundo ele, teve o consentimento de todos os governadores. O tucano, que durante as eleições de 2018 subiu ao palanque ao lado de Jair Bolsonaro (sem partido), hoje é adversário político do presidente e se lança como candidato a enfrentá-lo na eleição presidencial em 2022.

“Quebrar essa pactuação é desprezar a igualdade entre os estados e entre todos os brasileiros construída ao longo da nossa história. É desprezar a lealdade federativa”, declarou Pazuello. “Em respeito aos governadores, não faremos uma jogada de marketing (…) Governadores, não permitam que movimentos políticos eleitoreiros se aproveitem da vacinação”, completou o ministro.

“Poderíamos num ato simbólico ou numa jogada de marketing iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, acrescentou o ministro. Ele afirmou que a aplicação da primeira dose da vacina em São Paulo é “uma questão jurídica”.

Pazuello ainda disse que as 6 milhões de doses do Butantan serão distribuídas proporcionalmente aos estados. “Qualquer movimento fora desta linha está em desacordo com a lei”, afirmou. “Isso é uma questão que sai, vai para o lado do contrato efetuado.Tudo o que tem no Estado de São Paulo no Butantan é contratado pelo MS, pago pelo SUS, pago pelos senhores. E o contrato é claro, ele é de exclusividade, de 100% das doses”, disse o general.

“Todas as vacinas produzidas pelo Butantan estão contratadas de forma integral e de forma exclusiva para o Ministério da Saúde e para o PNI, todas, inclusive essa que foi aplicada agora. Isso é uma questão jurídica. Não vou responder agora, porque a Justiça que tem que definir. Como foi feita a entrega sem ter feito a liquidação nos nossos depósitos, para depois para a distribuição para o estado”, afirmou Pazuello.

 

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