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Parceria Butantan e Sinovac tirou o Brasil do “fim da fila” da vacina, diz Dimas Covas

Na coletiva para anunciar a parceria com a Sinovac | Foto: Divulgação

Equipe Focus.Jor
focus@focus.jor.br

Em entrevista à Veja, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, deu detalhes do acordo de criação de vacina em parceria com a chinesa Sinovac, que pode colocar Brasil em lugar privilegiado na imunização contra o coronavírus. Para ele, o País estava ficando “à margem das grandes negociações” e a escolha pela vacina desenvolvida na China foi determinante para tirar o Brasil do “fim da fila”. “Fizemos vários pré-acordos, contratos de confidencialidade. Em determinado momento, vimos que a melhor vacina seria a chinesa, que usa uma tecnologia que o Butantan domina. Isso foi determinante”, explicou Covas.

A previsão é que os testes iniciem em julho, após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros órgãos. “O acordo é: no Brasil vai ser a ‘Vacina Butantan’, na China vai ser a ‘Vacina Sinovac’. A gente produz o que for necessário da nossa vacina. O Butantan vai atender o Brasil em primeiro lugar.”

Questionado sobre as possibilidades da vacina ser gratuita e distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS), Dimas Covas explicou que “todas as vacinas que o Butantan produz são destinadas ao SUS, somos um instituto público. Essa seria da mesma forma. Mas haverá outras no mercado, mesmo no Brasil. Entre as três (as da Moderna e da AstraZeneca, já em fase 3, e a do Butantan-Sinovac), a nossa é a única que usa uma tecnologia testada em larga escala. Temos conhecimento acumulado de décadas. Então ela é mais previsível. Ter chegado à fase 2 com proteção acima de 90% mostra que a fase 3 terá grandes possibilidades de ser bem-sucedida”.

Covas ressalta ainda que “o Butantan é um dos grandes produtores de vacina do mundo. Nosso programa público de imunização é maior que o da China, dos EUA, da Índia. Capacidade de produção é importante, não adianta só descobrir a vacina”.

*Com informações da Veja

 

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