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O que impede a entrada do Grupo Mateus no Ceará?

Nessa queda de braço, quem tem mais músculos e força?

Foi intensa a repercussão da reportagem publicada com exclusividade (veja aqui) pelo Focus acerca dos planos do Grupo Mateus de construir um Centro de Distribuição no Ceará, abrir 59 lojas e gerar 13 mil empregos em cinco anos. A coisa está assim: a empresa requereu oficialmente ao Governo do Ceará para se enquadrar em um regime fiscal previsto em lei estadual, mas há travas que deixam a Fazenda e a concorrência local em pé de guerra contra o projeto da companhia maranhense.

Focus apurou que o problema é o seguinte. O Governo do Ceará não se mobiliza para atender o pedido do grupo maranhense pelo simples motivo de que isso (moralmente) obrigaria o Estado a conceder o mesmo privilégio a grupos cearenses que atuam no varejo. A avaliação é que, se conceder, em vez de aumentar a arrecadação de impostos do setor, diminuiria.

Há uma queda de braço no âmbito do Governo quanto a isso. Um grupo acha que essa concorrência faria bem à economia do Ceará, ampliando empregos e a renda geral, e outro que não quer correr riscos de ver a arreacadação cair.

Por outro lado, a concorrência se arma e pressiona. Na visão de um supermercadista do Ceará, um argumento a se considerar é o seguinte: “Não haveria aumento na geração de empregos por que não há movimento na economia que sustente 13 mil novas vagas no setor. Apenas haveria migração de vagas entre as empresas já existentes”. Pode ser.

O fato é que o grupo maranhense joga no ataque. Com atuação mais restrita à região norte do País, em outubro do ano passado, a companhia ganhou imensos espaços nos noticiários econômicos nacionais com a abertura de capital. Foi  o maior IPO de 2020, captando R$ 4,63 bilhões. (FC)

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