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O papel do executivo no processo de inovação das empresas. Por Renato Aguiar

Diretor do IBEF-CE e sócio e diretor de crédito e operações da CDP Capital.  Foto: Divulgação

Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, digitalizado e dinâmico, com o constante surgimento de novas tecnologias, processos e modelos de empreendimentos com características disruptivas, termo cunhado para adjetivar negócios que mudam o modus operandi de uma atividade produtiva, segmento de mercado, cadeia de suprimentos ou ainda, que forçam empresas e/ou setores econômicos a realizarem mudanças com o fito de se tornarem mais competitivas ou, até mesmo, de conseguirem sobreviver.

A Uber, Airbnb, Waze, Whatsapp, Facebook, Instagram, Google, Linkedin, Amazon, Mercado Livre, Nubank, Ifood, dentre outros, são exemplos de negócios disruptivos que mudaram definitivamente a maneira como nos locomovemos, alugamos imóveis e, de modo geral, vivemos e nos relacionamos em uma escala mundial e numa velocidade de mudanças jamais vista.

Com certeza, trata-se de um contexto bastante desafiador, mas repleto de oportunidades para aqueles abertos e atentos às novas demandas que estão surgindo, decorrentes das mudanças no comportamento desse novo consumidor e das necessidades empresariais para atender a esse novo modelo de consumo.

Nesse contexto, o papel do executivo e das lideranças empresariais é fundamental, seja para se manter aberto e perceber tais oportunidades, auxiliando a tomada de decisões necessárias para capturá-las, seja para obter os recursos humanos e financeiros para materializar e ofertar os novos produtos, serviços e/ou processos que eventualmente ainda nem sequer começaram a ser demandados, seja para construir uma ambiência promovedora de uma cultura de inovação.

Para tanto, seus modelos de comando e controle, centralização de atividades e conhecimento e de aversão ao erro, no estilo “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, tornaram-se obsoletos e ineficientes, devendo forçosamente ser substituídos pela delegação, compartilhamento de conhecimento, valorização do capital intelectual e da diversidade de faixas etárias, orientação religiosa, sexual etc., responsabilidade ambiental, social e ética/COMPLIANCE. É esse tripé, representado pelo acrônimo ESG, advindo de palavras da língua inglesa, que traz consigo uma cultura de tolerância ao erro, associada à mensuração dos riscos e da responsabilidade individual.

Bem vindos à sociedade do conhecimento, inexorável evolução pós-revolução industrial, iniciada no século XIX, com foco em ativos tangíveis, produtividade física e no produto, paulatinamente substituída por essa nova era, focada nas pessoas, produtos e serviços escaláveis e que gerem disrupção, normalmente associada à resolução de “dores” antigas dos consumidores. São justamente essas dores, atendidas a partir da utilização ostensiva da tecnologia, a razão dos unicórnios, startups que já superaram o US$ 1 bilhão de valor de mercado, baseados em ativos intangíveis, terem ultrapassado em muito, os múltiplos e o Valuation de fábricas globais e centenárias.

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