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"O Lula tá solto, babaca!"

O presidente e sua caneta azul.

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
Pois é! A frase do título, uma versão inspirada na famosa máxima de Cid e Ciro Gomes dirigida a petistas e afins durante a última campanha eleitoral, reflete bem o quadro político que se avizinha. Lula está no jogo político. Ele é um cidadão condenado, mas sem trânsito em julgado. Diferentemente da “soltura” por regime semiaberto, agora Lula poderá rodar o país, formar palanques, fazer campanha política e trabalhar articulações.
O presidente Jair Bolsonaro perdeu a zona de conforto que mantinha até aqui e passará a enfrentar duas personalidades políticas fortes e de oposição: Lula e Ciro. Enfrentamento desse naipe precisa de uma base política sólida e unida. Precisa também de um partido. Bolsonaro não tem nem um e nem outro. Muito pelo contrário.
As circunstâncias parecem impor ao presidente mudança de postura a favor de comportamento bem diferente do que vinha tendo até então. Filhos desagregadores devem mudar de atitude e começar a medir as palavras. Enfrentamento constante com a imprensa é um gasto de energia desaconselhável.
Bolsonaro precisará fazer o que prescindiu até aqui: articulação política. Alianças. Buscar aproximar-se de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, satélites individuais de onde emana poder no vácuo deixado pelo presidente.
Para que assim seja, Bolsonaro terá que ser menos Bolsonaro. Não é tarefa fácil.

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