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O futuro do mundo em 17 pontos

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

O futuro é incerto, mas algumas certezas ganham contornos nítidos. Empresas, governantes, cidadãos, consultores e pesquisadores queimam seus neurônios para entender e antecipar o cenário pós-coronavírus. Nada será como antes é a sentença lugar comum, porém verdadeira. Certamente, muitos disseram o mesmo durante o grande conflito da 2ª Guerra.

Há muitos pesquisadores de referência tentando antecipar cenários, que são sim incertos. No entanto, a lógica dos acontecimentos que já se davam antes da peste em grande velocidade permite outra sentença: o que já estava em gestação chegará ainda mais rápido.

Focus reproduz a seguir o resumo feito por Cacau Menezes, do grupo de Comunicação ND, que atua em Santa Catarina. Jornalista experiente, Menezes organizou em 17 pontos o que ouviu nas lives do brasileiro Silvio Meira, do Cesar, um centro privado de inovação que utiliza Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), e do indiano Divesh Makan, fundador da ICONIQ, empresa de investimentos de capital fechado da Califórnia (EUA) que atende à algumas das famílias e organizações mais influentes do mundo, incluindo o bilionário Mark Zuckerberg, do Facebook.

O título é O Futuro do Mundo

1) Empresas terão que abandonar a “gambiarra digital”. Ou é digital mesmo ou não é. Plataformas digitais competentes mesmo que sejam pequenas são as que vão sobreviver;

2) Comércio online deixa de ser uma opção secundária de compras. As lojas físicas serão redesenhadas como espaços de experimentação da marca mas as vendas migrarão mais rapido para o online do que se imagina antes;

3) 95% das lojas Starbucks foram reabertas na China mas o movimento na loja é de 60% do que era. As pessoas não consomem mais na loja, compram e vão embora. Starbucks tem que rever o modelo reduzindo espaço de convivência;

4) Os maiores varejistas americanos já demitiram mais de 1 milhão de pessoas e devem reempregar somente 85 % deles no fim da crise. A explicação é que o comércio tradicional vai encolher.

5) O negócio de seguradoras vai sofrer profundas transformações;

6) Educação online está se provando no meio da crise. Vai haver uma revolução na forma como se aprende em todos os níveis sai o estoque just in time  e entra o just in case. as empresas aprenderam com a crise que precisam ter estoques maiores de segurança, principalmente quem tem cadeias longas de fornecimento;

7) EUA desenvolveu uma cadeia de supply com a China nas últimas décadas que fez com o tempo os americanos perderem capacidade tecnológica de fabricar no pais. Isso vai mudar por questões de segurança. O globalismo sofrerá um duro revés, substituido pelo protecionismo.

8) Não existe setor da economia ou tamanho de negócio que possa dizer “eu não tenho necessidade de investir no digital”. Quem pensar assim não tem futuro.

9) Hábitos de viagem mudarão radicalmente. Redução absurda nas viagens de negócios substituidas pelas videocalls. Viagens de lazer serão mais para o interior junto a natureza em lugares com baixa concentração de pessoas.

10) Existem 1.700.000 virus detectados em animais, desses 1.700 são coronavirus. Temos que aprender com essa crise e preventivamente estarmos prontos para ter um surto por década.

11) O modo de viver de se relacionar de trabalhar vai mudar tanto que nós dividiremos a história em “Antes do Corona” e “Depois do Corona”.

12) Essa crise traz a oportunidade de uma grande revolução nos sistemas de educação e de saúde usando o online para atender a população.

13) Direitos individuais x saúde será um dos grandes debates no mundo a medida em que rastrear individualmente cada individuo é uma das estratégias mais eficazes de controle de epidemias, mas pode ser usado pelos Governos para controle das pessoas.

14) O consumidor foi “forçado” a migrar nesse momento para o comércio online. As empresas que conseguirem proporcionar uma experiência muito boa em todos os aspectos não perderão esse cliente para as lojas fisicas ao fim da pandemia. Ao contrário, as empresas que se mostrarem despreparadas perdem espaço.

15) Assim como os remanescentes da antiga industria americana tem dificuldades de se recolocar e acabam por sustentar posições políticas protecionistas (que culminou com a eleição do Trump), esse movimento vai se alastrar pelo mundo com o crescimento rápido da industria digital. Conclusão: quem hoje está ocupado já precisa começar a pensar na sua futura profissão, tem que se atualizar o tempo todo nas novas tecnologias. As empresas de educação e o MEC precisam se comunicar com o mercado incessantemente e entender as necessidades para fornecer os conteúdos demandados que não são mais aquilo que as universidades hoje entregam aos alunos. Retreinamento contínuo. Na sociedade do conhecimento não existe “ex-aluno”. Ou você está aprendendo o tempo todo ou você está desempregado.

16) Não vejam a crise como momento de cortar custos. Pensem em investir em novas areas em novas tecnologias, vai ter muita oportunidade para as empresas que agirem rápido, vamos renascer num mundo novo, viveremos um “novo normal”, a vida vai ser diferente, ninguém sabe exatamente como mas temos que estar abertos e preparados para nos adaptar com agilidade ao que vier pela frente

17) O setor agriícola brasileiro tem uma oportunidade de ouro, precisa investir cada vez mais em tecnologia e digitalização, e na qualificação dos seus profissionais e gestores.

 

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