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No Focus Colloquium, CEO da cearense Brisanet projeta crescimento 80% em 2020 e quer investir no 5G

Roberto Nogueira, CEO da Brisanet. Foto: Divulgação

Átila Varela
atila@focus.jor.br

A cearense Brisanet, um case sucesso do Interior do Ceará que ganhou o Nordeste, projeta a captação de debêntures em 2020. Mesmo surfando na onda do crescimento, variando entre 60% e 70% em anos anteriores, aumentou a projeção para este ano: dar um salto de 80%.

A previsão é do CEO da companhia de telecomunicações sediada em Pereiro, Roberto Nogueira. Ele foi o entrevistado de hoje, 8, no Focus Colloquium.

“Não dá para a empresa crescer 60% só com o investimento de capital (próprio). Estávamos buscando linhas de crédito a longo prazo. Agora estamos estruturando a empresa para fazer a captação de debêntures”, ressaltou.

Entrar na Bolsa de Valores não é uma pretensão da Brisanet. Há um temor de que a abertura de capital cause a cobiça de fundos de investimentos. “A Brisanet tem certo receito de fundos de investimento. Assim, poderia ser obrigada a sair de uma operação. O foco são as operações via debêntures”, completou.

Nordeste Pleno
Em seu plano de expansão para ganhar o Nordeste e não perder o seu DNA, a companhia criou uma divisão chamada Agily Telecom. Ela atende preferencialmente cidades e distritos pequenos do interior do Nordeste. “Criamos essa segunda bandeira. É uma parceria com o pequeno provedor que atende operações com 1.000 e 1.500 clientes, por exemplo, do interior do Maranhão ou do Piauí”, destaca o empresário.

Para fazer parte, o pequeno provedor filia-se à Agily Telecom, muda a bandeira e se torna franqueado. “Criamos em 2019 e hoje já temos 140 franqueados. A base tem um crescimento muito rápido”, pontua.

Assim, a Brisanet ganha capilaridade em regiões onde as teles grandes deixam de atender. “Para o franqueado oferecemos o know-how tecnológico e um leque de produtos”, disse. Ao todo, os franqueados já atendem 450 cidades. Já a Brisanet segue com aproximadamente 100 municípios maiores. No Ceará, a cobertura de serviços é de 80%.

5G, 4G e fibra
A tecnologia 5G, ao chegar no Brasil, vai inicialmente ser uma espécie de “complemento” da banda larga. Ele também traça um paralelo com o 4G. “Na realidade, o 5G vai ocupar o 4G nas cidades. E o 4G de baixa frequência deve ir para a zona rural para o Governo fazer políticas públicas. A tecnologia 4G hoje não atende educação e saúde. 4G é para atender mensagem. É limitado. Hoje se liberar em uma pequena cidade, entra em colapso. Não consegue entregar o fluxo de dados nas residências”, ressalta.

“As pessoas estão usando muito a internet em substituição à TV por assinatura. Assistindo plataforma de vídeo sob demanda. Cada usuário é um fluxo. As redes precisam estar preparadas”, explica.

Em vez das grandes cidades, o 5G pode até começar pelo interior. “O Brasil tem 4.400 cidades com menos de 30 mil habitantes. Se não tiver o pequeno operador com 5G, até 2030, esqueçam 5G. Se os pequenos provedores tiverem o 5G, aí dará certo. Pode até que seja primeiro que as capitais, sendo um processo inverso”, avalia.

Roberto também pontua que a Brisanet se movimenta para investir na futura tecnologia. E acredita que o País ficará na ponta sendo destaque diante de outros países. “Na minha visão o Brasil vai ter uma infraestrutura melhor do que qualquer região do planeta. Se for medir o interior da China, Japão ou Estados Unidos, não vai ter a tecnologia que tem no interior do Nordeste. Aqui estamos muito avançados com pequenos empreendedores levando acesso e tecnologia”, exemplifica.

Reveja a entrevista com o CEO da Brisanet, Roberto Nogueira

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