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"Não tivemos o apoio da Sefaz na solução dos problemas", critica empresário Afrânio Barreira sobre sistema de emissão de notas

Empresário Afrânio Barreira, fundador da rede Coco Bambu /Foto: Divulgação

Átila Varela
atila@focus.jor.br
O empresário Afrânio Barreira, fundador da rede de restaurantes Coco Bambu, criticou a solução fiscal MFE (Módulo Fiscal Eletrônico) implantada pela Secretaria da Fazenda do Estado. Segundo ele, travamentos e lentidão no sistema têm prejudicado a emissão das notas fiscais e aborrecido clientes.
Além da insatisfação, ele teme que a medida gere queda no número de visitantes. “Esse é o nosso maior receio. Você pede a nota no restaurante e ela não sai. O garçom volta à mesa, o cliente se irrita e interpreta má fé do estabelecimento. Isso não é bom.  Nós trabalhamos 24 horas por dia para atender bem o cliente. Mas, dessa forma, fica difícil”, afirmou o empresário ao Focus.
Barreira acredita que, com a maior adesão dos estabelecimentos comerciais ao MFE, o sistema pode entrar em colapso. “À medida que mais empresas forem migrando, haverá um acúmulo maior de informações na Sefaz. Hoje funciona de maneira precária. Se mais gente entrar, o sistema entra em colapso”, destaca.
Mercadinhos São Luiz
Na semana passada, o empresário Severino Neto (Mercadinhos São Luiz) divulgou mensagem aos clientes pedindo desculpas pela demora nos caixas de duas lojas da rede, atribuindo o transtorno ao sistema da Sefaz. Ao Focus, ele contou que o caso foi resolvido com participação do órgão. Neto conta que as dificuldades com o módulo eletrônico são frequentes, mas que acredita nos técnicos da Secretaria.
Empresário  Afrânio Barreira divulgou texto nas redes sociais sobre o módulo fiscal eletrônico:
COCO BAMBU RESTAURANTES
“Prezados , estamos há meses utilizando em nossas lojas em Fortaleza a solução fiscal MFE, sofrendo com travamentos e lentidão nos sistemas.
O impacto negativo em nossas operações gera custos adicionais com técnicos de apoio e esforços extras no atendimento aos clientes para reduzir eventuais perdas em vendas. A solução adotada pela SEFAZ CE é única no Brasil, diferente de todos os outros estados, que partiram na frente e funcionam muito bem em todas as nossas mais de 25 operações espalhadas por todo o Brasil.
No caso do Coco Bambu, a solução cearense não aumenta arrecadação, uma vez que pagamos todo o imposto devido, já com as ferramentas anteriores. Em todo momento fomos acessíveis e solícitos para nos adequar a MFE, mas não tivemos o apoio necessário da SEFAZ CE na solução dos problemas, provavelmente pelo volume de solicitações que eles devem estar recebendo.
Conseguimos alguma evolução no funcionamento da MFE, com ajustes das plataformas realizados pelos nossos técnicos, porém o funcionamento está longe do desejável. O maior receio é que a MFE entre em colapso com a adesão de mais estabelecimentos ao longo do tempo.
Vale ressaltar que apoiamos as ações da SEFAZ CE, especialmente no combate à sonegação, enaltecendo o Sr. João Marcos que, com inteligência e receptividade, nos permite a participação.
Contudo, seria mais rápido e menos oneroso para todos se a SEFAZ CE reconsiderasse a sua decisão e adotasse uma ferramenta já consolidada em outros estados, como o NFC-e ou SAT.”
AFRÂNIO BARREIRA
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