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Sem confirmação, mudança no comando do BNB reflete oscilações na correlação de forças políticas

Com gestão profissional, presidente do BNB, Romildo Rolim, se sustenta no cargo desde o Governo de Michel Temer./ Foto: Divulgação BNB

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
Até o início da noite desta terça-feira, 03, não foi confirmada a informação veiculada pela revista digital Crusoé que apontou suposta troca de comando na presidência do Banco do Nordeste. A decisão teria sido tomada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo a revista, o funcionário de carreira do BNB, Romildo Rolim, sairia para dar lugar a Júlio Cézar Alves de Oliveira, que hoje está no comando da Cateno, joint venture criada pelo BB e Cielo, responsável pela criação e gestão de soluções tecnológicas para meios de pagamento.
“O Banco não recebeu nenhuma informação acerca desse assunto”, relatou ao Focus uma fonte no Banco do Nordeste, principal instituição Federal com sede no Ceará. Outra fonte relata que, em Brasília, não circulou entre os parlamentares federais qualquer indicativo de mudança no comando do BNB.
Mudanças no comando do Banco do Nordeste costumam ser politicamente delicadas. Quando é preciso realizar substituições na cúpula da instituição, é quase sempre como consequência de alterações na correlação de forças políticas em Brasília. Por isso, é usual que as mudanças passem pelo crivo de articulações junto à bancada nordestina, que tem grande poder de fogo no Congresso Nacional.
A notícia da Crusoé, reproduzida no Ceará pelo Focus, causou surpresa e apreensão entre funcionários do BNB, que temem que a possível substituição no comando se relacione com objetivos privatizantes. Romildo Rolim vem fazendo uma gestão profissional que não destoa do rol de interesses do Ministério da Economia. O ministro Paulo Guedes sempre citou que é projeto do Governo estimular o microcrédito e o empreendedorismo, hoje um dos papéis mais vistosos do BNB.
Focus apurou que há sim pressões no âmbito do Ministério da Economia para privatizar o Banco do Nordeste e deixar a Caixa Econômica como instituição responsável pelo microcrédito. A maior pressão parte de Salim Mattar, o secretário especial de Desestatização que assumiu o posto com uma meta definida: vender todas ou parte das 134 estatais controladas direta e indiretamente pelo governo. Por esse raciocínio, só sobrariam a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.
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