Morte de executivo da Odebrecht alimenta teoria da "maldição da Lava Jato"

Equipe Focus
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O executivo Henrique Valladares, um dos principais delatores da operação “lava jato”, foi encontrado morto nesta terça-feira, 17, em sua casa no Rio de Janeiro. O empresário ocupou por anos o cargo de vice-presidente da Odebrecht. Valladares delatou Aécio Neves, tendo dito que pagou ao tucano R$ 50 milhões, que foram depositados em contas no exterior.
Também alegou ter recebido uma cobrança de dinheiro por Edison Lobão quando o então ministro de Dilma Rousseff estava internado em uma UTI.  O executivo também delatou lideranças indígenas e membros da CUT. Ainda não foi divulgada a causa da morte.
Já chegam a cinco as mortes de pessoas que mantinham ligações com os desdobramentos das dezenas de operações da maior investigação do Brasil. Vejam a lista além do caso de Henrique Valadares.
Teori Zavascki – ministro do Supremo Tribunal Federal que exercia o papel de relator dos casos relacionados à Lava Jato no Supremo. Morreu aos 68 anos, em janeiro de 2017, vítima de um acidente aéreo.
 
Marisa Letícia – a então esposa do ex-presidente Lula morreu por consequência de um AVC em fevereiro de 2017. Marisa teve papel importante em dois casos relacionados às acusações dirigidas a Lula. No caso, o sítio em Atibaia e o apartamento em Guarujá, em São Paulo.
 
Cesar Mata Pires – Sócio-fundador da OAS, uma das empreiteiras que controlavam as grandes obras públicas no Brasil, Mata Pires faleceu em agosto de 2017 vítima de um infarto fulminante quando fazia uma caminhada. Pouco tempo antes de morrer, o empresário iniciou as negociações para fazer delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Cesar Mata Pires Filho – Herdeiro da empreiteira OAS, Cesar Mata Pires Filho, de 40 anos, filho do fundador da empresa, morreu em julho de 2019, pouco mais de duas semanas após ter sofrido um infarto enquanto prestava depoimento em uma audiência no âmbito da Operação Lava-Jato, em Curitiba.