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Ministério Público quer crucificar o cantor Safadão e ele está certo ao reagir

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Sim, o cantor Wesley Safadão, sua esposa e uma assessora erraram. O cantor até fez autocrítica pública quanto ao caso. Porém, falta sobriedade e razoabilidade ao Ministério Público ao querer arrancar (o que foi batizado de proposta de acordo) algo perto de um milhão de reais de multa pelo erro do artista.

Em julho deste ano, o cantor, sua esposa Thyane Dantas e a produtora Sabrina Tavares tiveram a vacinação contra a Covid-19 realizada de forma considerada irregular, fora da época da sua faixa etária. Pois é.

Na verdade, o MP propôs o pagamento de prestação pecuniária de 360 salários mínimos para o cantor, 360 salários mínimos para Thyane Dantas 25 salários mínimos para Sabrina Tavares. O valor total é equivalente a cerca de R$ 819,5 mil.

Safadão poderia até ter feito o que muita gente boa fez: usar de sua influência e descolar um atestado médico declarando alguma comorbidade. Foi essa a cara do velho e arraigado patrimonialismo praticado por quem tinha acesso fácil a médicos amigos para poder tomar a vacina antecipadamente.

Não, ele não se negou a pagar a multa. O cidadão apenas não acatou a proposta de acordo apresentada pelo MP por considerar o valor desproporcional. Além de exercer um direito, cabe-lhe muita razão.

Veja mais pontos da nota divulgada pelo cantor
Ontem tivemos mais um capítulo da história da vacina, tivemos uma reunião pela manhã, com o Ministério Público e infelizmente não chegamos à um acordo por dois motivos: 1- Queriam que eu me declarasse culpado; 2 – Queriam que eu pagasse uma quantia equivalente a quase um milhão de reais, sendo que para um cidadão comum é infinitamente menor o valor.

“O que saiu na imprensa, é que quando eu soube que esse valor seria para doação para instituições, eu me neguei porque eu não queria fazer doação. Isso é mentira, um grande absurdo”.

Safadão disse ainda que “em nenhum momento furei fila, apenas tomei a vacina em outro lugar pq me orientaram dessa maneira, devido a lotação do meu lugar de origem… Sei que errei e quero ser tratado como um cidadão e não da forma como estão querendo me tratar.”

O detalhe que está passando ao largo é o seguinte: terá havido parcimônia e negligência  na estrutura pública que permiu a vacinação do trio em condições tão questionáveis?

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