Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
O 1º Think Tanks Meeting, realizado no início da tarde desta sexta-feira, 14, no Pipo Restaurante mostrou o quanto é complexo e delicado, tanto do ponto de vista político quanto econômico, o conteúdo e a tramitação da proposta de reforma previdenciária apresentado pela equipe econômica do Governo Federal.
Porém, há uma ponto em comum que move o pensamento de todos os palestrantes: a reforma é imperiosa e inadiável. A questão é: como conseguir aprovar um texto que seja, no mínimo, razoável com múltiplos e diferentes interesses envolvidos. Aliás, o termo “razoável” foi bastante usado nas falas.
Em conversa com o Focus ao final do evento, o deputado federal Mauro Benevides Filho (PDT), disse que o Governo erra além do conteúdo relacionado a alguns pontos. Perguntei se esses pontos não eram propositais para que o Governo possa negociar a retirada durante a tramitação, deixando somente o que importa. Mauro foi incisivo: “Poderia até ser, mas tudo vai ganhando corpo e consistência na sociedade. Portanto, o texto como um todo vai ganhando mais oposição do que apoios.”
Mauro Filho avalia que a fragilidade da articulação política do Palácio do Planalto é outro problema. “A coisa não caminha bem”, disse.
Outro a falar, e com discurso com mais críticas do que elogios à proposta, foi o assessor técnico da liderança do PDT na Câmara, Camilo Barbosa. Especialista e Pós Graduado em Direito Público e Políticas Públicas e em legislação previdenciária, Camilo apontou falhas e incongruências no texto apresentado. “A reforma precisa garantir a sustentabilidade da Seguridade Social, mas com o cuidado de Proteger os trabalhadores nas suas expectativas e no direito a um entardecer da Vida com dignidade”.
Também como palestrante, o economista Célio Fernando Melo, da BFA Assessoria, disse que um mdos problemas é que a reforma toma conta do debate de forma isolada sem levar em consideração a necessidade de outras reformas, como a fiscal, a tributária e também a administrativa. “O debate acerca da ineficiência do Estado passa ao largo”, disse.
Veja mais imagens do evento em fotos cedidas pelo Balada In, de Pompeu Vasconcelos.
Emprego com carteira no setor privado aumenta em 1,183 milhão de vagas em um ano, diz IBGE
O trimestre encerrado em fevereiro de 2024 mostrou uma geração de 269 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado