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Mansueto Almeida vai ser economista-chefe do BTG

Mansueto Almeida. Foto: Divulgação
Mansueto Almeida. Foto: Divulgação

Após anos a fio dedicados ao serviço público, o ex-Secretário do Tesouro Mansueto Almeida aceitou o convite para ser sócio e economista-chefe do BTG. O ex-assessor do senador Tasso Jereissati (PSDB) vai assumir suas funções no banco somente em janeiro, após cumprir os seis meses da quarentena. Mansueto saiu oficialmente do Governo em 15 de julho passado. A notícia da contratação foi publicada pelo site especializado em negócios, Brazil Journal.

Respeitado economista, profundo conhecedor das contas públicas (não foi à toa que se manteve intocado na transição entre os ministros Henrique Meirelles e Paulo Guedes) e afiado debatedor de linha liberal, Mansueto deu entrevista exclusiva ao Focus no Colloquium de 1º de junho. Reveja aqui o pensamento do economista.

Cearense de Fortaleza, prestes a completar 53 anos, formado em economia pela Universidade Federal do Ceará (turma de 1989), Mansueto Facundo de Almeida Junior acertou sua entrada no BTG no sábado. “A disputa pelo passe envolveu ofertas de diversos bancos locais e internacionais. No BTG, Mansueto vai encontrar dois amigos economistas: Eduardo Guardia, com quem trabalhou no Ministério da Fazenda do Governo Temer, e Eduardo Loyo, ex-diretor do BC”, diz o texto.

Após graduar-se pela UFC, fez o mestrado na USP. Na sequência, foi aluno do doutorado do Massachusetts Institute of Technology – MIT, nos Estados Unidos, porém não chegou a apresentar sua tese final. Nesse ínterim, já era funcionário de carreira do IPEA, o instituto de pesquisas econômicas do Governo Federal.

“Será a primeira vez que Mansueto, um funcionário de carreira do IPEA que ganhou notoriedade por seu profundo conhecimento das contas públicas trabalha numa instituição financeira. Depois de deixar o IPEA e antes de ir para o Governo, em 2016, Mansueto trabalhou como consultor para instituições locais e investidores internacionais”, relata o Brazil Journal.

Respeitado por sua capacidade de comunicação didática, amplo trânsito no Congresso e postura construtiva, Mansueto concordou em ficar no Tesouro para facilitar a transição do Governo Temer para Bolsonaro. O Ministro Paulo Guedes costuma demonstrar gratidão publicamente à contribuição dada pelo ex-Secretário, que ajudou a costurar o Teto dos Gastos, a reforma da Previdência e a renegociação da dívida dos Estados — duas vezes.

A contratação reforça a franquia de wealth management e institutional sales do BTG e sua capacidade de montar posições de tesouraria com base em uma visão macro sofisticada — ainda que o maior prop trader do banco seja o próprio André Esteves.

Enquanto esteve no Governo (Temer e Bolsonaro), Mansueto manteve pontes e interlocuções com os principais gestores públicos do Ceará. Veja nas imagens abaixo, o economista em encontros com o governador Camilo Santana e com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, na sala de reuniões do Tesouro Nacional, o equivalente ao Ministério da Fazenda antes da criação do Ministério da Economia.

Foto: Divulgação

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