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Lula para a vice de Ciro em 2022?

Ciro e Lula. Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Focus recomenda a entrevista do marqueteiro João Santana no Roda Viva (veja aqui). Não exatamente pelas virtudes profissionais do homem que conduziu o marketing das campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e Dilma, em 2010 e 2014. Mas sim pela exposição das vísceras do vale-tudo eleitoral. O pior momento de Santana na entrevista se deu quando confrontado pelos jornalistas acerca da máquina de moer Marina Silva que o marqueteiro montou em 2014.

Lembram-se da comida sumindo no prato dos mais pobres com a simples proposta de dar independência ao Banco Central? Pois é. O pior: Santana disse que faria tudo de novo. O termo fake news apenas engatinhava em 2014, mas a Lava Jato já estava à jato.

Porém, é inegável que o ex-jornalista sabe fazer com mestria o trabalho ao qual se propõe. Tanto que, para muitos, a decisão de conceder a entrevista foi uma forma de relançar-se no mercado das campanhas políticas após a prisão (Santana, fisicamente repaginado, ainda carrega uma tornozeleira, mas está livre para trabalhar nos dias úteis).

Em uma de suas análises, fez uma provocação ao PT. Sugeriu que Lula com vive de Ciro tornaria a chapa imbatível. A dinâmica da política não nos autoriza afirmar que a chapa se trata de uma impossibilidade. O obstáculo maior aí é a muito provável inelegibilidade de Lula.

“Lula seria o melhor perfil de vice que poderia ter. Impossível ser isso [vice do Ciro], mas essa chapa seria imbatível. É imitar a solução genial eleitoral, que a Cristina [Kirchner] fez na Argentina [como ex-presidente e atualmente vice de Alberto Fernández]”.

Ao fim, o marqueteiro se expôs de forma absoluta e definitiva: “Todo mundo mente. A mentira é um privilégio humano. É um prazer até…”.

 

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