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Lula, o incendiário. Por Marcelo Salgado

Marcelo Salgado é Psicólogo e Cientista Político. Consultor de empresas e Professor da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Escreve mensalmente no Focus.jor

Por Marcelo Sidrião Salgado
Post convidado
Todos os analistas já diziam antecipadamente que o placar no STF seria 6 X 5. O resultado do julgamento que se estendeu por cinco sessões, a conta gotas, modificou o entendimento anterior do próprio STF que vigorava desde outubro de 2016. Não causou surpresa a decisão desempatada pelo Ministro Dias Toffoli em 7 de novembro último no STF, vetando que réus sejam presos para cumprimento de pena antes do trânsito em julgado dos processos, ou seja, sem que estejam esgotados todos os possíveis recursos a instâncias superiores.
Nas redes sociais, a repercussão sobre o julgamento apareceu em diversas hashtags relacionadas ao tema que figuravam nos “trending topics” como #PrisaoEm2InstanciaSim, #LulaLivre e #STFSigaAConstituicao. Lula estava encarcerado há 580 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde abril de 2018.
No dia seguinte, o Brasil amanheceu mais hospitaleiro e acolhedor para corruptos. Do lado de fora do prédio da Polícia Federal, em Curitiba, apresentou-se um ex-presidente colérico, irado e vingativo.  Quem não guarda ódio no coração faria um discurso firme, mas manso. Diante de uma massa controlada de apoiadores, formada por integrantes da vigília Lula Livre, membros da CUT e do PT; eu notei um senhor de 74 anos muito raivoso e vingativo   detonando a Polícia Federal, o Ministro Sérgio Moro, o Ministério Público, o Procurador Dallagnol e o “Twiter” do Bolsonaro.
– De que serviram os 580 dias de cárcere na PF?
Lula está livre feito um passarinho, mas sua alma está cheia de mágoas, ressentimentos, ódios, rancores e recalques. Eu vi um Lula piromaníaco, em cima de um palanque fazendo Showmício, ao lado de sua nova namorada, mais parecia um “Cachorro doido, lançando inclusive um pré-candidato a prefeito de Osasco-SP.  A “jararaca”  está solta e endiabrada. Eu vi um senhor de 74 anos afirmando pateticamente ter tesão de 20 anos.
Lula quer incendiar o governo Bolsonaro. No Showmício de Curitiba ele antecipou a eleição de 2022. A piromania é caracterizada pelo prazer mórbido em provocar incêndios propositalmente. Os indivíduos com este transtorno sentem prazer, exultação ou liberação de tensão ao provocarem incêndios ou assistirem seus efeitos.
A psicologia judiciária aponta que entre os carbonários frequentemente existem homens com baixo nível educacional e de qualificação profissional, consumidor de álcool, com um atraso cognitivo, habitante de zona rural, e patologias do foro mental.
Lula sabe que Sérgio Moro é conhecido por aproximadamente 95% da população brasileira. Sabe também que Moro é muito mais querido que o atual Presidente. O potencial eleitoral do atual Ministro da Justiça e Segurança Pública é imenso e ainda pouco estudado.  Lula sabe que setores da direita são independentes, não tem vocação para agir de forma bovina.
– Lula conversa com Deus?
Os efeitos devastadores das investigações da operação Lava Jato e a crise econômica iniciada no governo Dilma Rousseff (PT) deixaram marcas indeléveis. O PT ficou mais fraco em seu berço histórico, o ABC, na Grande São Paulo.
Lula já começou a reinvenção do PT. Sem as grandes doações de empresas e com a imagem queimada, ligada a escândalos de corrupção, má gestão e desemprego, a legenda de Dilma e Lula saiu das eleições municipais de 2016 como a maior derrotada. O partido desidratou e encolheu.
Nas redes sociais, Bolsonaro pediu que seus simpatizantes não deem “munição ao canalha”, que momentaneamente está livre. Enquanto Lula discursava no ABC, Bolsonaro tomava sorvete na Praça dos Três Poderes.
Lula saiu do cárcere da PF incitando ódio e violência, dizendo-se inocente e mais radical que em 1989. Ele conclamou seus cúmplices a “atacar”, como os baderneiros fizeram no Chile. No sábado de manhã, dia 9\11, Bolsonaro comentou a soltura do petista pela primeira vez:  Ele está solto, “mas continua com todos os crimes dele nas costas”
Tais entreveros reduzem a política nacional a uma “rinha de galos” que só faz sentido para os valentões. O resultado disso tudo é a retomada da polarização esquizofrênica que tanto mal tem feito ao País nos últimos anos. Lula chamou Moro de canalha e disse que Dallagnol montou quadrilha com a Lava Jato.
– Mas a quem interessa a polarização?
A bola vai continuar quicando diante da opinião publica nacional. Lula e Bolsonaro são bons de palanque e elevaram o tom da polarização e temperatura política.   Nos dois grupos, não se discutem problemas reais, e sim mistificações e conspirações, que em nada colaboram para a construção de um País.
A polarização interessa ao bolsonarismo, até porque todos os liberais e conservadores sabem que o petismo é muito pior mesmo.

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