Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.

Licitação de R$ 3,2 bi para dessalinizar água do mar avança com consórcio liderado pela Marquise

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Em mais um significativo passo no andamento do projeto da Planta de Dessalinização da água do mar de Fortaleza e Região Metropolitana, a Comissão Central de Concorrência do Governo do Ceará julgou improcedentes os cinco recursos administrativos que questionavam a proposta comercial do consórcio Águas de Fortaleza, formado pelas cearenses Marquise e PB Construções, além da gigante espanhola Anbegoa Água.

Na prática, significa que a CCL considerou corretos os complexos cálculos financeiros  de um projeto que alcança R$ 3,2 bilhões distribuídos ao longo de 30 anos de contrato. Na sequência da decisão em reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira, a Comissão realizou a abertura do envelope de habilitação do consórcio que foi o primeiro colocado na fase de proposta comercial.

O equipamento ficará na Praia do Futuro. Como revelou o Focus em primeira mão em outubro passado, a disputa na primeira etapa (preço) foi acirradíssima. Ao fim da concorrência internacional, a Marquise, em conjunto com suas associadas, venceu a etapa que trata dos valores envolvidos no negócio. O projeto tem origem na Cagece.

Na época, o diretor da Marquise Infrestrutura, Renan Carvalho, declarou ao Focus que a Planta “é um projeto de grande envergadura. Tanto no sentido do pioneirismo, visto que será a maior do Brasil em extensão e em produção de água, como em relação à questão social – levar abastecimento de água para pessoas é promover saúde e dignidade, ainda mais para essa região que historicamente sofre com constantes secas”.

O objetivo da concessão busca segurança hídrica, principalmente para a Capital. O plano é diversificar a matriz hídrica do Ceará de forma que o abastecimento de água potável não dependa apenas das chuvas. Com a Planta em funcionamento, o macrossistema integrado da RMF contará com incremento de 12% na oferta de água.

A obra tem o valor de R$ 118 milhões ao ano e compreende a construção da usina, sistema de captação de água marinha, emissário e adutora, além da operação e manutenção do sistema. A área da usina corresponde a um terreno de duas quadras parcialmente desocupadas, com 2,3 hectares (ha), sendo 2 ha referentes às duas quadras. O acesso principal à área do empreendimento será feito pela Rua Francisco F. Di Ângelo e Avenida Dioguinho. A usina captará água do mar a uma distância de 2,5 mil metros da costa e 14 metros de profundidade.

A concorrência é considerada de alta complexidade tanto financeira quanto técnica. O mercado considera que a experiência da Abengoa foi importante no processo. A empresa, com sede mundial em Sevilha, está organizada nas seguintes áreas de negócios: Energia, Água, Transmissão e Infraestrutura e Serviços.

A espanhola tem hoje em execução projetos em Waad Al Shamal (Arábia Saudita), Parque Solar de Dubai, Agadir (Marrocos), O&M Planta Solar (Espanha), Salalah (Omã), Chuquicamata-Humos Negros (Chile), Rabigh (Arábia Saudita) e Fulcrum (EAU)

A Marquise, empresa com atuação em diversos estados, vem ganhando projetos de envergadura na área de infraestrutura. As ampliações no Porto do Pecém são exemplos. Mais recentemente, a empresa passou a atuar na área e extração de gás natural. A coleta de resíduos sólidos, construção civil e shoppings centers são outras áreas em que a empresa, que faz 47 anos em 2021, também atua.

Leia Mais
+Marquise ganha concorrência internacional para usina de dessalinização do Governo do Ceará

 

 

Mais notícias