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Kassab e os Domingos pai e filho em suas lições de pragmatismo

Gilberto Kassab e os Domingos, pai e filho. Pragmatismo é a ordem interna.

Por Fábio Campos
focus@focus.jor.br
Presidente de honra do PSD, mas, na prática, comandante máximo do partido, o paulistano Gilberto Kassab se reúne na tarde desta quarta-feira com o deputado José Sarto (PDT), presidente da Assembleia. Encontro de políticos não é somente cortesia. A conversa é parte dos planos de Kassab, que terá ao seu lado Domingos Filho, de fazer do PSD a sigla com maior número de prefeitos do País a partir das eleições de 2020.
Onde entra Sarto nesse projeto? Além da usual cortesia, é por puro pragmatismo de Kassab e Domingos. Para atingir os objetivos estratégicos do PSD, a ordem é fazer alianças tabelando com todas as posições: esquerda, centro e direita. Claro que os interesses municipais também passam pelo dia a dia da Assembleia Legislativa.
Já é famosa uma frase de Kassab proferida em 2011. Ao ser perguntado acerca da posição ideológica do PSD, o ex-prefeito de São Paulo se saiu com essa pérola: “Não será de direita, não será de esquerda, nem de centro”. Dito e feito. Em sua ainda curta história, o PSD estabeleceu um radical pragmatismo nas alianças.
Eleger a maior quantidade de prefeitos do Brasil em 2020 se tornou uma meta provável para o PSD. Em 2016, a sigla já foi a terceira que mais elegeu prefeitos, ficando atrás somente do MDB e PSDB. Esses dois só minguaram de lá para cá. Junte-se a isso a derrocada lulo-petista. A meta está na mão.
O PSD tem a quarta maior bancada na Câmara. Isso faz do partido um aliado precioso. Afinal, tempo no horário gratuito, fundo partidário e fundo eleitoral dependem do tamanho da bancada e são bens preciosos nas campanhas eleitorais.
Atentem que o PSD passou a valorizar muito mais os estados do Nordeste por ver na região um vácuo político a ocupar. Tanto que, nos últimos meses, priorizou a organização de encontros em Teresina, Salvador, Fortaleza, Aracaju e Recife. Na geopolítica nacional, o PSD se reúne com a esquerda no Nordeste e com a direita no Sudeste/Sul.
A propósito: como a política é dinâmica, passou a ser interessante ao PSD se autodeclarar de centro.

 

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