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Jair Bolsonaro se mantém em sua linha histórica: um desastre ambulante

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Jair Bolsonaro é um desastre ambulante. Se comporta na Presidência da República como o deputado rastaquera que sempre foi. Só pensa em política e em sua sucessão. Notem que sua fala é só cálculo político. Lá na frente, controlado o vírus e com recessão, haverá de culpar os outros. Diante da recessão, vai dizer que sempre foi contra os confinamentos. Para isso, é preciso fazer oposição ao seu próprio Governo e ao seu próprio ministro da Saúde.

Dito isso, vamos a dois pontos.

1A fala à Nação da noite de terça-feira, 24: foi um pronunciamento historicamente lamentável. Rebaixado que é, chegou a fazer ironia covarde com o médico Drauzio Varella ao usar o termo “resfriadinho” para falar dos efeitos da doença nos mais jovens e, de quebra, falar de dotes físicos que supõe ter: No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria, ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão”. Em sua mente perturbada e autoritária, a culpa é, claro, do mordomo de sempre, a imprensa. Para ele, a culpa também é dos que discordam de suas ideias e atitudes indecorosas para o cargo que ocupa. É a manifestação da indigência moral

2 A reposta a João Doria: durante uma reunião virtual, o governador de São Paulo fez uma fala focada na questão que importa, o combate ao coronavírus. De forma educada, questionou ações do Governo Federal. Por sua vez, Bolsonaro apelou para a politicagem de quinta categoria ao falar de questiúnculas das eleições de 2018. O que isso importa diante do que estamos a viver? É o modo Bolsonaro de agir. Como é mentalmente incapaz e irresponsável, trata de fugir do que importa. É sempre muito confortável desligar-se da realidade. É a manifestação da indigência intelectual.

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