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Colloquium com Ciro Gomes: a dança do Brasil à beira do abismo

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Certamente, Ciro Gomes dispensa apresentações. Aos 63 anos, já com longa trajetória política. Foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, Governador do Ceará e ministro em dois governos diferentes.

Porém, vale jogar uma luz sobre essa trajetória. Na juventude, como líder de Tasso Jereissati na Assembleia, Ciro foi o rosto e o conteúdo parlamentar de uma ruptura com velhos hábitos patrimonialistas. Nesse momento, a esquerda já encarnada pelo PT, foi também parte de ruidosos enfrentamentos.

Na sequência, é pinçado por Tasso para disputar e vencer as eleições para prefeito de Fortaleza e, dois anos depois, para governador do Ceará. Suas gestões primaram pelo pragmatismo administrativo e político, dando sequência ao tassismo, mas foram marcadas também pelo enfrentamento. Nesse caso, numa atribulada relação com corporações de servidores e afins. Estes, controladas pela esquerda.

Em 1994, faltando alguns meses para o fim de seu mandato de governador, Ciro é convidado por Itamar Franco para o Ministério da Fazenda. Fase importantíssima de implantação do Real e a eleição de Fernando Henrique Cardoso para a Presidência.

Nesses tempos, a articulação de Ciro ainda era com os tucanos. Até então sempre ao lado de Tasso, Ciro pertencia ao PSDB.

Na sequência, uma guinada pessoal. Viagem aos Estados Unidos, curso em Harvard e, na volta, um Ciro rompido com o PSDB, FHC e a turma tucana de São Paulo. E um Ciro já mais à esquerda, filiando-se a um partido oriundo desse campo para, pela primeira vez, se candidatar a presidente, em 1998. Depois disso, teve a disputa de 2002, que parecia ser uma eleição com fortes chances de dar-lhe a vitória.

Na sequência, apoiou Lula e virou seu ministro, tendo como mais reluzente tarefa o projeto e obra da transposição do Rio São Francisco. O resto da história, que é longa, já é mais conhecida. Porém, esta introdução mostra um fato: Ciro trafegou entre as alas de centro-direita e centro-esquerda.

Só que hoje, como nunca antes, a esquerda e a direita, mesmo com terríveis rastros de problemas, parecem em sua maior parte capturadas pela polarização Bolsonaro-Lula. A tarefa de Ciro hoje é convencer um imenso contingente da população refratária tanto a um quanto ao outro, de que a polarização é burra e não retira o País do abismo. Muito pelo contrário.

Daí o título do Colloquium de hoje. A dança do Brasil à beira do abismo. Vamos à nossa conversa com Ciro Gomes.

Veja a entrevista de Ciro em um desses canais: YouTube do Focus.jor, Facebook Focus.jor,  e Facebook do Fábio Campos

 

 

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