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ICMBio diz que estrada que liga Jeri à praia do Preá não é “estrada”

ICMBIO
A polêmica estrada que não é estrada que liga Jeri à Praia do Preá. Foto: Divulgação

Átila Varela
atila@focus.jor.br

A construção de uma estrada que liga Jeri à Praia do Preá, encabeçada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão de preservação ambiental do Governo Federal, não é uma “estrada”.

Em comunicado ao Focus, que antecipou a situação com exclusividade na tarde de ontem, 13, o  ICMBio solicitou às prefeituras de Cruz e Jijoca de Jericoacoara que fizessem a raspagem do leito da “via” que conecta os dois municípios. A ideia era evitar que os veículos trafegassem “na zona entremarés e em trechos com existência de falésias e paleodunas”. Segundo o órgão, apenas a prefeitura de Cruz atendeu à solicitação.

O que mais chama atenção é que, apesar de o ICMBio não caracterizar a estrutura como estrada, circulam atualmente 1.383 veículos prestadores de serviço. Eles são utilizados para o abastecimento da vila de Jericoacoara (alimentos, material de construção, coleta de lixo). Automóveis de moradores e carros transfer que fazem o trajeto Jeri-Fortaleza também integram o número.

“No trecho em questão não foi aberta estrada, somente feita raspagem no leito onde já ocorre a circulação da frota, sem deposição de nenhum tipo de material e sem impermeabilização do solo”, disse a nota do ICMBio.

O órgão fala que foi necessário o procedimento, a fim de evitar a degradação de locais onde não deveria ter tráfego de veículos.  “Com constantes ocorrências de atolamentos, a raspagem do leito da via busca melhorar o acesso à vila de Jericoacoara e minimizar os impactos ambientais no Parque Nacional de Jericoacoara”.

O vídeo da estrada feita pelo IMCBio que não é “estrada”:

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