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Governo do Ceará faz certo ao tratar motim como motim

Opinião Focus
focus@focus.jor.br

Não se trata apenas de um motim de parte dos policiais e bombeiros. O que está em jogo é o próprio sistema democrático. Uma vitória dos amotinados geraria um efeito dominó no País com terríveis consequências para a institucionalidade e, portanto, para as liberdades democráticas. Daí, é preciso que todos os democratas apoiem com vigor a postura do Governo do Ceará na relação com os insurretos.

É sempre muito importante lembrar o histórico dos acontecimentos. Ponto um: o Governo e os representantes dos policiais compuseram uma mesa de negociação salarial. Ponto dois: após longas negociações, foi firmado o acordo. Ponto três: o acordo foi comemorado e tratado como “vitória” pelos representantes da categoria, entre eles os três que têm mandato popular e são originários das fileiras militares (um capitão, um sargento e um soldado).

Portanto, não há mais o que negociar. O Governo fez o que deveria fazer ao enviar o fruto do acordo para a Assembleia Legislativa. Já os representantes da categoria PM e bombeiros acabaram solenemente desmoralizados. Na base da categoria, um cabo que não se reelegeu deputado federal se aproveitou da situação para radicalizar e arrastar o Ceará para essa terrível crise.

Pelo bem do sistema democrático, do Ceará e do País, o Governo do Estado precisa manter a postura enquadrando como crime o que crime é. Tratando como motim o que motim é. Na civilização, a negociação do Estado com amotinados é uma só: que entreguem as armas, se rendam e respondam pelos seus atos de acordo com a lei. Fora disso, é a falência da ordem. A completa anomia. A anistia é um estímulo para novos movimentos ilegais.

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