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Fundo eleitoral, fundo partidário e emendas individuais vão diminuir renovação na Câmara Federal

Quem não tiver a boquinha dos fundos e articulação para arrancar dinheiro do Orçamento, terá vida difícil na disputa de 2022.

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Em conversa com o Focus acerca do bilionário fundo público de financiamento das campanhas aprovado pelo Congresso nessa semana, o prefeito de Aracati, Bismarck Maia, foi ao ponto: “Com esse Fundo Eleitoral, a renovação na Câmara será mínima em 2022. Vão dançar os que não pertencerem aos grupos dos ‘donos’ de partido que só têm uma prioridade, que é a reeleição dos próprios Deputados Federais que formaram o fundo”. A lógica é simples assim.

É o atraso que perdura. A bobagem referendada pelo Supremo de proibir as doações privadas por considerá-las inconstitucionais fez com que o grosso do Congresso, que junta da esquerda à direita, passasse a trabalhar para abocanhar uma fatia bilionária de dinheiro público para financiar as campanhas eleitorais. Deu no que deu.

Escrevam: o índice de renovação vai ser baixíssimo. Vai se fortalezer uma casta política que tem grande influência nos partidos e na execução do Orçamento. Sim, senhor. Os deputados orçamenteiros estão nadando de braçada. Além do dinheiro do Fundo Eleitoral (R$ 4,9 bilhões) ainda contam com a grana das emendas indiciduais para irrigar suas bases eleitorais.

Tem mais: um outro fundo de cunho político, esse criado para bancar o negócio dos partidos, é hoje de R$ 1,1 bilhão, o que corresponde aos R$ 984 milhões de 2021 corrigidos pelo IPCA, mais um acréscimo de R$ 45,85 milhões.

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