Átila Varela
atila@focus.jor.br
Enquanto restaurantes não estão autorizados a funcionar por conta do decreto estadual de isolamento social, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) calcula que o faturamento dos estabelecimentos comerciais encolheu 75%.
A Pesquisa Nacional de Situação de Crise mostra que mais de 80% das empresas cearenses precisaram renegociar o contrato de aluguel, e 55% dos empresários buscaram crédito nos bancos, embora quase a totalidade (81%) tiveram o empréstimo negado.
“É um cenário muito desafiador, porque não bastasse a crise de saúde que estamos enfrentando, temos nos deparado com burocracias inimagináveis para ter acesso a empréstimos, num momento tão peculiar como este, quando 59% dos restaurantes estão trabalhando apenas com delivery, apenas para não fecharem as portas de vez, porque o retorno que se tem não chega nem perto do habitual”, afirma Rodolphe Trindade, presidente da Abrasel Ceará.
A pesquisa também revela que, caso perdure a situação perdure nos próximos 30 dias, 16,51% dos empresários terão de demitir todos os funcionários. Os dados apontam que 51% dos fornecedores estão renegociando dívidas ou fazendo parcelamentos no Estado e 57% das empresas estão com dificuldades para repor os estoques para a reabertura. Mesmo que autorizada a retomada das atividades, 71% protejam iniciar com uma operação reduzida. Por fim, na média, as empresas adotaram a suspensão de contrato pela MP 936 para 53% dos funcionários.
A Pesquisa Nacional de Situação de Crise foi realizada com 1.558 estabelecimentos do Brasil entre os dias 15 e 18 de maio.
