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Estudo francês de antirreumático aponta resultados positivos no tratamento contra Covid-19

Medicamento antirreumático anakinra | Foto: reprodução

Equipe Focus.Jor
focus@focus.jor.br

Um estudo francês com base no medicamento antirreumático anakinra apresentou resultados positivos no tratamento contra Covid-19, particularmente, em formas graves da doença. Dados mostraram que a medicação remédio reduz o risco de morte e a necessidade de respiração artificial. Os resultados foram divulgados neste sábado, 30, na revista especializada The Lancet Rheumatology.

De acordo com o reumatologista Randy Cron, da Universidade do Alabama (Birmingham, Estados Unidos), a “redução significativa da mortalidade associada ao uso de anakirna contra a Covid-19 neste estudo é encorajadora”. Ele destaca o “perfil de segurança favorável” deste medicamento bem conhecido dos reumatologista e normalmente utilizado no tratamento de artrite reumatoide.

O antirreumático funciona para combater a “tempestade de citocina”, reação inflamatória descontrolada que surge nas formas mais graves de pneumonia por Covid-19 e provoca a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Neste estágio da doença, os pulmões não fornecem oxigênio suficiente aos órgãos vitais e o paciente precisa de ventilação artificial.

De acordo com o estudo francês, realizado pela equipe médica de Thomas Huet e colegas do Grupo Hospitalar Saint-Joseph de Paris (GHPSJ), o medicamento antirreumático anakinra bloqueia a interleucina-1 (IL-1), uma das citocinas envolvidas nessa “tempestade inflamatória”.

“Atualmente, há uma dúzia de testes clínicos explorando o bloqueio da citocina IL-1 associada à síndrome da tempestade inflamatória da Covid-19”, informa o Dr. Randy Cron. Três pequenas séries de estudos (incluindo um italiano) relataram que o anakinra beneficia pacientes que contraíram a doença. “Mas este estudo fornece as evidências mais conclusivas até o momento de que o remédio pode beneficiar pacientes que sofrem da síndrome da tempestade de citocinas associada à Covid-19”, afirmou o reumatologista americano.

*Com informações da Agence France-Presse e Radio França Internacional

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