Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.

Estudo aponta que uso regular de ivermectina reduz taxas de infecção, hospitalização e mortalidade por COVID

Resultados do programa. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros e de outras nacionalidades mostrou que o uso regular de ivermectina como agente profilático reduziu de forma “significativa” infecções, hospitalizações e a mortalidade por COVID-19. A análise foi publicada em um artigo e veiculado na plataforma Cureus Journal of Medical Science.

O “programa de prevenção”, segundo os cientistas, é de origem governamental (não se sabe se municipal, estadual ou federal) e foi realizado na cidade de Itajaí, em Santa Catarina, entre julho de 2020 e dezembro de 2020.

“A iniciativa consistia em convidar toda a população de Itajaí para uma consulta médica para se inscrever no programa e compilar informações básicas, pessoais, demográficas e médicas. Na ausência de contraindicações, a ivermectina foi oferecida como tratamento opcional, por dois dias consecutivos a cada 15 dias, na dose de 0,2 mg/kg/dia”, destaca um trecho da análise.

De acordo com a pesquisa, nos casos em que um cidadão participante de Itajaí adoecesse por COVID-19, foi orientado não usar ivermectina ou qualquer outro medicamento no início do tratamento ambulatorial. 9. “Todos os indivíduos foram recomendados a não usar ivermectina, nitazoxanida, hidroxicloroquina, espironolactona ou qualquer outro medicamento considerado eficaz contra o COVID-19”, diz o levantamento.

“O uso profilático opcional e voluntário de ivermectina foi oferecido aos pacientes durante consultas médicas regulares entre 7 de julho de 2020 e 2 de dezembro de 2020, em 35 locais diferentes, incluindo 34 centros de saúde locais do SUS e um grande ambiente temporário de pacientes 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os médicos que trabalhavam nesses locais eram livres para prescrever o medicamento profilaticamente. Indivíduos que não usaram ivermectina recusaram ou seus médicos da atenção primária optaram por não oferecer o fármaco”, explica outro trecho da análise.

A dose e frequência do tratamento com ivermectina foi de 0,2 mg/kg/dia.  “Isto é, administrar um comprimido de 6 mg por cada 30 kg durante dois dias consecutivos de 15 em 15 dias”, complementa o documento.

Foram excluídos da amostra os pacientes que apresentaram sinais ou diagnóstico de COVID-19 antes de 7 de julho de 2020. Outros critérios de exclusão foram contraindicações à ivermectina e indivíduos com idade inferior a 18 anos.

Medicamento Ivermectina. Foto: Divulgação

Resultados

Dos 223.128 cidadãos de Itajaí considerados para o estudo, um total de 159.561 indivíduos foram incluídos na análise, sendo 113.845 (71,3%) usuários regulares de ivermectina e 45.716 (23,3%) não usuários.

“Destes, 4.311 usuários de ivermectina foram infectados, sendo 4.197 (taxa de infecção de 3,7%) e 3.034 não usuários foram infectados (taxa de infecção de 6,6%)”, registra o estudo.

O documento mostrou que o uso regular de ivermectina levou a uma redução de 68% na mortalidade por COVID-19 no comparativo com aqueles que não tomaram o medicamento.

Houve redução de 56% na taxa de hospitalização, sendo 44 de usuários de ivermectina contra 99 dos não-usuários.  Após ajuste para variáveis ​​residuais, a redução na taxa de hospitalização foi de 67%.

A pesquisa “Profilaxia com ivermectina usada para COVID-19: um estudo observacional prospectivo em toda a cidade de 223.128 indivíduos usando correspondência de pontuação de propensão”  é assinado por Lucy Kerr, Flavio A. Cadegiani, Fernando Baldi, Raysildo B. Lobo, Washington Luiz O. Assagra, Fernando Carlos Proença, Pierre Kory, Jennifer A. Hibberd, Juan J. Chamie-Quintero. O artigo completo em inglês pode ser acessado clicando aqui.

Mais notícias