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“Enquanto não houver uma vacinação efetiva, sempre teremos o risco de uma nova onda”, diz infectologista cearense

Médico Tadeu Sobreira. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Uma possível terceira onda da COVID-19 não é uma realidade distante no Brasil. Mesmo que as vacinas estejam disponíveis para debelar o coronavírus, se o processo não for massivo e efetivo, o País corre o risco de enfrentar um novo surto.

“Enquanto não houver uma vacinação, sempre vai ter o risco de uma nova onda. O Brasil antes da vacinação era melhor do que a Inglaterra e os Estados Unidos. Por que os países europeus tinham níveis de morte piores aos do Brasil? Pelo fato de as populações possuírem mais idade e comorbidades que os brasileiros”, destacou o médico infectologista cearense Tadeu Sobreira.

Para o médico, a escolha da CoronaVac não foi “feliz”. “Não sabemos os detalhes para a escolha da vacina. Na prática, não funcionou muito bem. Nem no Chile. A própria União Europeia recusou”, disse. No início de maio, a participação da CoronaVac nas doses aplicadas beirava a 74,1% no País. Na sexta-feira passada, chegou a 59,11%. As vacinas de Oxford e da Pfizer correspondem a 38,1% e 2,8%, respectivamente.

O médico também fala do protocolo de aplicação das duas doses da vacina da Pfizer. “O protocolo são três semanas. No Brasil, não três meses. Não sei por qual motivo mudaram”, destacou.

De acordo com o Ministério da Saúde, o protocolo de 12 semanas (3 meses) garante efetividade de mais de 80% do imunizante, com base em estudos realizados no Reino Unido, Israel e Estados Unidos. A recomendação também foi repassada a Estados e municípios.

Com relação ao aumento de casos em determinadas regiões do Brasil e do Ceará, isso se deve, em partes, à inquietação das pessoas. “Lockdown eterno não existe”, finaliza.

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