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Em estudo apoiado por Bolsonaro sobre uso da cloroquina, Prevent Senior teria ocultado mortes

Bolsonaro exibe caixa de Reuquinol, medicamento composto de sulfato de hidroxicloroquina. Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 recebeu um dossiê elaborado por médicos e ex-médicos do plano de saúde Prevent Senior com uma série de denúncias de irregularidades em um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar o novo coronavírus.

O documento revela que a Prevent Senior ocultou mortes de pacientes que participaram do estudo, que foi apoiadi pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e é usado pelos defensores da cloroquina para justificar a prescrição do medicamento.

De acordo com o dossiê, a disseminação da cloroquina e outras medicações foi resultado de um acordo entre o governo Bolsonaro e a Prevent. O estudo teria sido um desdobramento do acordo.

A Globonews publicou uma reportagem em que mostra ter tido acesso à planilha com os nomes e as informações de saúde de todos os participantes do estudo. Segundo a matéria, nove deles morreram durante a pesquisa, mas os autores só mencionaram duas mortes.

De acordo com um médico que trabalhava na Prevent e mantinha contato próximo e frequente com os diretores da operadora, o estudo teria sido manipulado para demonstrar a eficácia da cloroquina. Ele afirma que o resultado do estudo já estava pronto bem antes de sua conclusão.

Áudios, conversas em aplicativos de mensagens e dados contraditórios relativos à pesquisa – divulgados pela própria Prevent e apoiadores do estudo, como Bolsonaro – reforçam a suspeita de fraude.

A operadora informou, por nota, que “sempre atuou dentro dos parâmetros éticos e legais e, sobretudo, com muito respeito aos beneficiários”

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