
Por Fábio Campos
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Intelectual respeitado, presidente da República por dois mandatos, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso marcou época na política brasileira por uma boa lista de motivos. Sem dúvidas, o mais importante foi a sequência do Plano Real e suas ramificações, que acabou com a hiperinflação e deu ao Brasil a sua mais longa era de estabilidade econômica.
Outra característica positiva e pouco explorada de FHC na Presidência foi a sua capacidade de ao ouvir de interlocutores relatos de crises fazer com que elas ficassem bem menores do que se apresentavam. Trata-se de um talento político pouco disseminado nos tempos dominados por Neros tupiniquins.
Pois agora FHC, que, lúcido, completa 90 anos vai ganhar um longa metragem e uma série em que rememora o seu período na Presidência, além de discutir o Brasil. Chama-se o “Presidente Improvável”. Claro que os acertos serão expostos, mas seus erros, que foram muitos, também. O fato é que os oito anos da Presidência de Fernando Henrique Cardoso talvez tenha sido o período de maior estabilidade política do Brasil na fase pós-ditadura.
Participam dos documentários mais de 20 convidados como Bill Clinton, Pedro Malan, Raul Jungmann e Celso Lafer, que já gravaram. Toni Blair, ex-primeiro ministro britânico, Antonio Guterrez, ex-primeiro-ministro de Portugal e Graça Machel, viúva de Nelson Mandela, agendam suas participações.
Os filmes são dirigidos por Belisário Franca.