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Difíceis escolhas, por Luiz Antônio Miranda

Executivo Luiz Antônio Trotta Miranda, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE). Foto: Divulgação

“Não será pela consolidação ou concentração de poderes, mas por sua distribuição, que bons governos serão realizados”. A frase, escrita por Thomas Jefferson em sua autobiografia em 1821, nunca foi tão assertiva como nos dias atuais.

Enquanto o mundo soma quase 1.5 milhão de pessoas infectadas, com milhares de vítimas fatais, o debate sobre o chamado isolamento vertical versus isolamento horizontal ainda permeia o debate nacional, levando governadores a adotarem medidas descentralizadas, cada qual baseando-se em modelos epidemiológicos próprios, e em função de suas limitações estruturais.

A responsabilidade na escolha entre saúde, bem-estar e sobrevivência de sua população, desafia os gestores públicos, globalmente, a fazerem difíceis escolhas. Deve-se ressaltar, porém, que as consequências e repercussões futuras, independente do caminho trilhado, serão profundas. Além de uma longa estagnação econômica global, costumes e práticas sociais seculares serão drasticamente alteradas, gerações futuras serão mais distantes e reservadas, teremos hábitos naturalmente mais virtuais.

Países adotarão práticas protecionistas e nacionalistas, afetando drasticamente a geopolítica global da forma que conhecemos. Empresas multinacionais terão suas posições questionadas não pelo mercado, mas pelos governantes, em nome de uma nova e necessária soberania nacional. A busca por uma independência global, alinhada com vantagens comparativas locais permeará estratégias econômicas futuras.

Estamos vivenciando o início de uma nova era. Novos negócios surgirão, talvez não na mesma velocidade com que antigos negócios se extinguirão. Líderes terão desafios nunca antes enfrentados. Deveremos todos ser geniais, afinal, parafraseando Winston Churchill: “O verdadeiro gênio reside na capacidade de avaliar informações incertas, perigosas e conflitantes”.

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