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Desvendando o blockchain!


Por André Parente
Post convidado
Uma blockchain, ou cadeia de blocos de dados, nada mais é que um novo  tipo de banco de dados. Atualmente, tornou-se uma solução moderna  para armazenar informações digitais com um maior grau de  segurança. Mas afinal, e o que as blockchains têm a ver com o Bitcoin?
Originalmente, a técnica de agrupar e encadear dados, ou blockchain, existia antes do Bitcoin, mas foi a partir dele que o processo se tornou muito conhecido.  Com o tempo ele recebeu este nome porque as transações que chegavam à rede de computadores eram agrupadas em blocos de dados e depois encadeadas utilizando uma Matemática sofisticada. Um modelo de armazenamento e segurança compartilhado.
Esta técnica dificulta  fraudar  os registros  antigos. Portanto, a maneira mais fácil e básica de pensar sobre a tecnologia blockchain é pensar numa tecnologia que mantém uma lista principal interativa de todo os que integram a comunidade . Ou seja, não há várias cópias do documento e nem versões diferentes: há apenas um documento confiável e cada um dos participantes da cadeia pode acompanhar tudo que já aconteceu com ele. 
Essa técnica de armazenamento e encadeamento das blockchains está em alta e a International Data Corporation prevê que empresas privadas e governos gastarão cerca de US $ 2,0 bilhões em blockchains em 2018, o que representa mais do que o dobro do que foi gasto em 2017.
O que de fato diferencia a blockchain das outras bases de dados é o seu caráter comunitário. Esta natureza comunitária e compartilhada das blockchains foi útil na criação de moedas virtuais, pois inexiste a figura de uma autoridade central envolvida. Assim, como nenhum computador ou instituição está no comando, os registros das transações são mantidos dentro comunidade por todos seus membros. Portanto, se qualquer um dos computador que mantém os registros for invadido, inutilizado ou hackeado, os outros computadores poderão continuar sem ele.
As blockchains do Bitcoin operaram por vários anos armazenando com sucesso todas as transações da moeda Bitcoin e sobreviveram a inúmeros ataques de hackers. Devido a esta robustez, diversos programadores e empresários começaram a se perguntar se o desenho das blockchains não poderia ser utilizados para criar “livros fiscais” mais seguros em outros tipos de atividades não relacionados ao Bitcoin
O setor de publicidade planeja usar as blockchains para rastrear seus anúncios em toda a Internet; a indústria da música está planejando usá-las para rastrear músicas; os bancos e companhias de hipotecárias desejam usá-las para rastrear as ações envolvendo residências e seu complicado processo de rastrear toda a documentação; as companhias de navegação estão investindo em tecnologia blockchain para rastrear todo o processo envolvendo embarques e desembarques e as mercadorias envolvidas; enquanto a indústria farmacêutica deseja usar a tecnologia blockchain para verificar a cadeia de fornecimento de insumos.
Se a tecnologia blockchain for bem-sucedida, ela trará um nível reforçado de confiança aos negócios e também eliminará os “atravessadores” que historicamente acompanham – e lucram – com a complexidade de tantos sistemas diferentes que tentam se comunicar uns com os outros. Esta eliminação do atravessador poderá reduzir os preços de bens e serviços.
Agora sobre os pontos negativos, temos que advetir que a maioria dos roubos que envolveram as moedas virtuais resultou do uso da senha, ou chave privada, de pessoas que participam de uma carteira virtual . As moedas virtuais são particularmente vulneráveis a este tipo de ataque, porque uma vez que um hacker tira dinheiro de uma carteira, o dinheiro não pode ser recuperado porque não há uma autoridade central que o mova de volta. 
Outro problema é que  uma vez que todos os computadores da cadeia precisam registrar todas as transações, há dúvidas sobre a o sobrecarregamento da quantidade de  blockchains capazes de processar esss transações e a quantidade de energia(eletrica)gasta, fato que torna o negócio um pouco caro. Para corrigir isso muito esforço está sendo depreendido, mas até o presente momento nenhum deles funcionou. Questão de tempo, penso!
A grande questão é saber se as centenas de projeto  em que os indivíduos estão investindo suas economias “reais”, acabarão bem ou mal – e se essa experiência acabará por insuflar ou minar a confiança nessa tecnologia emergente.
Penso que  existirão enormes fracassos e dinheiro “desperdiçado” em projetos, golpes com inúmeras transações fraudulentas e muita  lavagem de dinheiro, mas daqui a uma década, quando olharmos  para trás em 2018, o mais provável é que as blockchains já estejam incorporadas ao nosso dia a dia de uma forma que, hoje, nem podemos imaginar.

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