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Denúncia do MPF contra ex-deputado federal Adail Carneiro é acolhida pela Justiça Federal

Adail Carneiro. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

O ex-deputado federal cearense Adail Carneiro viu, na quinta-feira, 21, uma denúncia de lavagem de dinheiro ser acolhida pela Justiça Federal. Em novembro, Adail havia sido flagrado com R$ 1.988.635,00 em espécie escondidos em sacos plásticos e em caixas de aparelhos de televisão, na sede de uma empresa de locação de veículos em Fortaleza, durante a Operação Km Livre 2.

Responsável pelo recebimento da denúncia por parte do Ministério Público Federal (MPF), o juiz federal 11ª vara da Justiça Federal do Ceará, Danilo Fontenele, a denúncia preenche os requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal e o MPF apresentou “razoável suporte probatório”.

“Ratifico o recebimento da denúncia, devendo ser designada data para realização da audiência de instrução e julgamento (de forma remota – Resolução nº 322/20 do CNJ e Ato nº 199/20 do TRF5ª), com as devidas intimações (acusado, advogado(s), membro do Parquet Federal e das testemunhas arroladas pelas partes”, diz o magistrado.

Inicialmente, Adail foi preso em flagrante e, posteriormente, teve sua prisão convertida em preventiva. O ex-deputado foi o alvo principal da operação. Agora, além da condenação por lavagem de dinheiro, a Procuradoria requer a manutenção da preventiva do investigado e a perda, em favor da União, de todo o montante apreendido.

O procurador da República Luiz Carlos Oliveira Júnior, autor da denúncia, afirmou, em seu despacho, que, Adail Carneiro não apresentou justificativa quanto à origem do dinheiro ou o destino a ser dado à pequena fortuna, mas admitiu ser a posse do montante apreendido. Isso aponta para o cometimento do crime de lavagem de dinheiro.

“Quem ganha recursos licitamente e tem um mínimo de raciocínio crítico, sobretudo a partir de uma atividade empresarial, não deixa simplesmente ‘parados’ e ‘ocultados’ R$ 2 milhões em espécie, em um pequeno quarto do seu escritório. Muito menos o guarda dentro de uma caixa de papelão”, argumenta o procurador da República.

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