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Demissão de Moro: o custo evidente e o benefício oculto, por Ricardo Alcântara

Ricardo Alcântara é publicitário e escritor.

Serei sucinto, compreendendo que você provavelmente já leu e ainda lerá muito sobre o assunto. A demissão de Sérgio Moro do ministério da Justiça pelas razões já esclarecidas detalhadamente por ele tem muitos aspectos e eles têm sido esmiuçado pelos analistas da mídia em geral. Aqui, vou me concentrar no que é o cerne político da questão e, a partir disso, fica ao final uma pergunta para a qual muitos já sabem, ou presumem saber, a resposta.

É sabido que no chão batido da arena política, tanto quanto no ambiente mais objetivo da economia, as decisões levam em conta as relações de Custo e Benefício. Bem, considerando que o elevado custo das decisões presidenciais que levaram Moro a pedir demissão é notório, possivelmente incalculável, resta a pergunta:

– Que benefício extraordinário, irrenunciável, o presidente Bolsonaro espera receber com tão drástica decisão?

Afinal, demite-se do governo o ator público de maior popularidade do país, segundo reiteradas pesquisas, e num momento dramático, quando milhares de famílias sepultam seus parentes infectados por uma epidemia de amplitude inédita e a capacidade produtiva se encontra imobilizada.

Quem com muitas pedras mexe, uma lhe cai na cabeça – reza a sabedoria popular. Portanto, a pergunta que não quer calar é breve: por que?
Somente uma questão de explosiva gravidade poderia dar sentido mínimo a uma decisão que deixa a nação perplexa.

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