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Cresce número de brasileiros investindo na bolsa de valores

Tecnologia da informação. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Durante muito tempo, a B3, bolsa de valores brasileira, foi vista como uma alternativa de investimento para pessoas com renda mais elevada.

No entanto, nos últimos anos, o perfil do investidor tem se tornado mais diversificado e muitos brasileiros têm deixado de lado o modelo de investimento mais tradicional, como a renda fixa e a poupança, para investir em opções com maior lucratividade.

Prova disso é que em 2021, a Bolsa de Valores Brasileira atingiu a marca de 4 milhões de investidores pessoa física (PF), uma alta de 26% em relação ao ano de 2020, de acordo com dados da Expert XP.

O relatório ainda mostrou que os mais jovens, na faixa etária de 26 a 35, têm sido a maioria entre os investidores, correspondendo a 34,1% dos investidores ativos.

Para o contador e consultor financeiro Marcos Sá, o crescimento no número de investimentos é um fator positivo,  apesar do Ibovespa, Índice da Bolsa Brasileira, ter registrado uma queda de quase 12% no ano passado.

“Mesmo com todas as instabilidades econômicas nos últimos anos e a recente queda do Ibovespa, que é o nosso principal índice de ações da B3, é notório que o brasileiro tem amadurecido mais em relação ao mercado de investimentos. Então, a tendência é que novas pessoas passem a investir na bolsa e os que já investem busquem cada vez mais opções com maior lucratividade”, pontua Marcos.

Investimento estrangeiro

Além da busca dos brasileiros para investir em ações na bolsa de valores, o ano de 2021 também marcou um recorde de investimento estrangeiro, com um saldo positivo de R$ 100 bilhões.

O alto fluxo de estrangeiros investindo no Brasil tem como principais fatores a desvalorização do real, a queda da bolsa e valorização das commodities.

“A partir do momento que o real, nossa moeda, está desvalorizado e a bolsa enfrentando uma queda no mercado, os investimentos ficam mais baratos para os estrangeiros, que enxergam grande oportunidade nas commodities, puxando um fluxo para o nosso mercado”, explica Marcos Sá.

Depois de serem bastante impactadas durante o período mais crítico da pandemia, as commodities conseguiram se recuperar, atraindo investimentos, e devem seguir em valorização em 2022.

Dessa forma, a expectativa é que o investimento estrangeiro continue em alta, fator positivo para os países emergentes, em virtude dos preços mais baratos dos ativos.

Já em relação aos investidores brasileiros, ainda existem algumas incógnitas sobre o movimento do mercado, principalmente com a inflação e Selic em alta, além do cenário de eleições, que pode impactar nas escolhas de investimentos.

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