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CoronaVac, plasma e vacina brasileira consolidam Doria como a 3ª via entre Bolsonaro e Lula

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Se há um governante no País que produziu uma nada desprezível agenda positiva em meio à pandemia, este chama-se João Doria (PSDB). Tal agenda estruturada pelo governador de São Paulo se enquadra por completo no racional clamor ciência, ciência, ciência. Porém, não pode nos escapar os efeitos políticos da mesma.

Abraçado ao Butatan, o respeitado instituto de pesquisas científicas mantido pelo governo paulista, Doria desencadeou as ações que hoje são responsáveis por 85% das vacinas já aplicadas no país. No caso, a CoronaVac. Perceberam? Não fosse o acordo do Butatan com a farmacêutica chinesa Sinovac, seria ínfimo o número de brasileiros imunizados até aqui.

Na sequência, mais duas promissoras notícias saíram dos laboratórios de Doria-Butantan. Quarta-feira passada, a Anvisa autorizou a realização em humanos de testes de um soro anticoronavírus obtido a partir do plasma de cavalos. Trata-se de um medicamento para tratar doentes de Covid. A aposta é que, além de ajudar na cura de pacientes, será uma droga de combate fundamental também para manter a saúde do combalido sistema hospitalar.

Por fim, o movimento que pode ser o grande fecho da agenda de Doria: o nascimento daquela que tem tudo para ser a primeira vacina genuinamente brasileira e totalmente dependente de insumos nacionais, a Butanvac. Pelo que foi noticiado, o pedido para as três fases de testes em humanos já está tramitando na Anvisa.

A massa dotada de boa índole, certamente a imensa maioria dos brasileiros, torce para que tanto o medicamento quanto a vacina brasileira se viabilizem o mais rápido possível.

É evidente que esse conjunto produz muito mais que curas e imunizações. Há óbvios efeitos políticos. Não ocorrendo adversidades científicas, naturalmente Doria se consolidará como a terceira via entre Bolsonaro e Lula. tenderá a caminhar pelo centro e com um discurso de grande impacto nas mãos.

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